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Publicado

Gás de cozinha e GNV devem ter aumento de preços de até 40% em janeiro

Por Fabiana Batista
| aseguirniteroi@gmail.com

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Donos de postos que vendem GNV em Niterói já temem outro período de prejuízos com o novo aumento do gás
petrobrás
Refinaria no Rio. O reajuste leva em conta uma política de preços internacionais do gás e o dólar. Foto: Divulgação

A inflação não dá sinais de trégua. O preço do gás natural deve sofrer um reajuste de até 40% em janeiro, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás).

De acordo com Raphael Chede, diretor de mercado da Associação dos Organismos de Inspeção Veicular do Estado do Rio (ASSINSP-RJ), o aumento será inevitável, apesar de o preço do gás já estar pesando muito no bolso do consumidor brasileiro:

As fórmulas de reajuste do gás levam em conta uma política de preços internacionais do BTU (unidade) do gás e também o dólar. Como estamos no inverno no Hemisfério Norte, onde ocorre aumento do consumo de gás e, consequente aumento do valor lá fora, aqui no Brasil sofremos com o mesmo aumento.

Outra justificativa para este aumento são os acordos entre a Petrobrás e a concessionária Naturgy. Para renovar o contrato por um período mais longo, como quer a concessionária, a Petrobrás estipulou o aumento de até 50% nestes contratos. Com isso, a Naturgy esclarece:

Para aquisição do gás natural, a Naturgy abriu uma chamada pública para a contratação de gás para a CEG e CEG Rio. A compra do suprimento visava ao atendimento do mercado cativo das distribuidoras, a partir de janeiro de 2022. A oferta pública, no entanto, não teve outras ofertas a preços e condições técnicas viáveis, tendo sido a Petrobras o único ofertante com condições de garantia de entrega.

A concessionária também informou que a pauta ainda está sendo analisada pelo Cade, Conselho Administrativo de Defesa Econômica, que, vinculada ao Ministério da Justiça.

Lojista vê prejuízo no próximo mês

O dono da Barão GNV, na Rua Barão do Amazonas, já prevê prejuízo em suas lojas. Há anos no mercado, Raphael Freire de Carvalho Santos diz que sempre vive baixa de vendas de kits GNV quando um aumento de gás é anunciado.

– No início deste ano, em maio, por exemplo, o aumento do GNV foi de 39% e o movimento da loja parou. Nós começamos a melhorar apenas com o aumento da gasolina e, em outubro, tivemos um ótimo mês. 

Segundo o lojista, as vendas dos kits, em maio e junho, caíram 50% e o prejuízo foi de quase R$ 40 mil. Com o anúncio do aumento do gás, ele receia outro período de prejuízos.

– Só esse burburinho, que ainda nem foi confirmado, já faz com que as pessoas não queiram instalar o GNV em seus carros e eu perca vendas.

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