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Gambás, cobras, lagartos e capivaras: os bichos que habitam Niterói

Por Redação
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Guarda Ambiental de Niterói resgatou mais de 2.500 animais silvestres em 2023
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Neste ano, uma das metas é continuar estimulando trabalhos de educação ambiental com crianças. Foto: Divulgação/Prefeitura

Durante o ano de 2023, foram resgatados 2.647 animais silvestres em diversas áreas da cidade. Gambás, cobras, lagartos, capivaras gaviões, pássaros diversos e cobras foram alguns dos bichos capturados em Niterói. O trabalho é da Coordenadoria de Meio Ambiente da Guarda Municipal de Niterói.

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Quando peçonhentas, as cobras são encaminhadas para institutos especializados. Caso elas não possuem veneno, voltam para seu habitat natural em unidades de conservação.

Esses animais são capazes de entrar nas casas e já foram encontrados em locais como fendas de prédios, estantes dentro de casas, debaixo de pias de cozinha, em capôs de carros, forros de imóveis e beira de piscinas.

Segundo a Coordenadoria de Meio Ambiente da Guarda Municipal de Niterói, também foram capturados 1572 caranguejos, que seriam vendidos ilegalmente durante o período de defeso. É o caso do caranguejo da espécie Uçá. Os crustáceos foram soltos no manguezal de Itaipu, no Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset), na Região Oceânica.

O caranguejo-Uçá

Conforme a portaria do Ibama N-52, de 30/09/2003, o período de defeso inicia em 1º de outubro e segue até 30 de novembro para machos e fêmeas, e de 1º a 31 de dezembro para as fêmeas, no estado do Rio de Janeiro. Somente animais congelados inteiros podem ser comercializados, com a apresentação da declaração de estoque emitida pelas autoridades competentes.

O caranguejo-uçá tem um importante papel na natureza. Ele é conhecido como o jardineiro do mangue porque tritura as folhas, ajudando na sua decomposição por fungos e bactérias. Isso gera nutrientes para o solo, a água e a vegetação, e colabora para a manutenção do ecossistema dos manguezais.

Durante o ano de 2024, a Guarda Ambiental pretende reforçar ações e trabalhos de educação ambiental com crianças: os pequenos são multiplicadores de boas práticas ambientais e levam o que aprendem para famílias e comunidades.

– Os guardas ambientais têm cursos de especialização e estão preparados para todos os tipos de resgate de animais. Quando resgatamos, por exemplo, filhotes de gambás ou pássaros, os alimentamos até com mamadeiras. Não importa o tamanho ou espécie, o carinho com que são tratados é o mesmo – explica o subinspetor da Guarda, Renato Macedo, responsável pela Coordenadoria.

Foto: Divulgação/Prefeitura

Os agentes

Os agentes podem ser acionados através do telefone 153, que atende no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) da Prefeitura de Niterói. Os guardas possuem cursos de resgate de animais silvestres, primeiros socorros, manejo de fauna, resgate e manuseio de animais peçonhentos, e transporte adequado.

Como funciona

A Guarda tem um procedimento para cada tipo de demanda. Após serem acionados, os agentes capturam o animal que, logo em seguida, tem suas condições físicas avaliadas pela equipe.

Caso não apresente nenhum tipo de ferimento, o animal é reintegrado à unidade de conservação mais próxima.

Os animais que são resgatados e apresentam algum tipo de ferimento são encaminhados para instituições como o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) em Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio; Econservation, empresa de estudos e projetos ambientais; o Centro de Triagens de Animais Silvestres (Cetas), em Seropédica; ou Instituto Vital Brazil, quando é o caso de cobra venenosa.

Foto: Divulgação/Prefeitura

Fiscalização ambiental e combate a incêndios na mata

Além do resgate de animais silvestres, os guardas ambientais também podem atuar em apoio e combate ao fogo em vegetação em áreas de proteção como o Parque Natural Municipal de Niterói (Parnit).

Em 2023, foram realizadas 300 fiscalizações ambientais e dezenas de ações de combate a incêndios em áreas de proteção.

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