Fornecimento de água em Niterói é retomado de forma gradual

Na manhã deste sábado (6), o prefeito de Niterói, Axel Grael, informou, pelas suas redes sociais, ter sido informado pelas Águas de Niterói que  Ilha da Conceição, Centro, Icaraí, Morro do Cavalão e Região Oceânica já estão com o fornecimento restabelecido.

“As demais regiões também já estão sendo atendidas e a previsão é de que consiga abastecer a maior parte da cidade nas próximas horas. Os esforços são para atender também as chamadas “pontas de linha”, onde a água demora mais a chegar”, afirmou ele.

Volta à operação

A Cedae informou que o Sistema Imunana-Laranjal voltou a captar e tratar água às 22h42 de sexta-feira (5). A operação havia sido interrompida na manhã de quarta-feira (3/4), após a identificação da substância química tolueno no canal de Imunana, onde é feita a captação de água.

“A previsão é de que a produção da Estação de Tratamento (ETA) chegue a 100% nas próximas 5 ou 6 horas. A distribuição da água até os consumidores finais será feita pelas concessionárias Águas do Rio e Águas de Niterói, que atendem a região”, informou a empresa, que é a responsável pela operação do sistema, por intermédio de nota.

A concessionária Águas de Niterói informou que a água começou a chegar no município às 7h deste sábado.

“O abastecimento da cidade vai ser retomado de forma gradativa, mas pode levar até 48h para ser completamente normalizado. Enquanto não estiver normalizado o abastecimento, a concessionária vai continuar operando com 40 caminhões-pipa para abastecer os locais de serviços essenciais.”, afirmou a empresa que é a responsável pela distribuição da água, em Niterói, por intermédio de nota.

Tolueno

De acordo com a Cedae, o tratamento da água pôde ser retomado após um trabalho realizado pela força tarefa montada pelo Governo do Estado que fez o isolamento e sucção do composto químico tolueno na região onde é feita a captação de água. Até o fim do dia já haviam sido retirados 160 mil litros de água com o produto dos canais às margens do Rio Guapiaçu, em Guapimirim. A mobilização envolveu as secretarias de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, da Polícia Civil, da Polícia Militar, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a Cedae, a Petrobras e as concessionárias Águas de Niterói e Águas do Rio.

No fim da noite de sexta-feira, os exames – que vinham sendo realizados pelo Laboratório Biológico de Rastreamento Ambiental (Libra) a cada uma hora, desde que foi constatada a contaminação – mostraram que a água atingiu os parâmetros de potabilidade adequados para consumo humano.  Os níveis de tolueno foram reduzidos de 59 para menos de 30 microgramas por litro.

A resolução Conama 357 permite 2 microgramas por litros e a Portaria de Potabilidade 888 permite 30 microgramas por litro. Essa portaria do ministério da Saúde, entrou em vigência em 2021.

Depois disso, as amostras ainda passaram pelo crivo dos técnicos especializados em avaliar a qualidade da água.

O tolueno é um hidrocarboneto aromático, inflamável, incolor, volátil, de odor característico. É altamente danoso à saúde se ingerido ou inalado. A substância é produzida na fabricação de gasolina.  É comumente utilizado como matéria-prima de solventes orgânicos em colas e tintas, além de estar presente na borracha; colas e adesivos para ajudar a secar, dissolver e diluir outras substâncias; diluentes de tinta; limpadores de pincéis, esmaltes; removedores de manchas.

Quem foi o responsável?

De acordo com a Cedael, o vazamento veio de um oleoduto no Rio Guapiaçu, em Guapimirim, na Baixada Fluminense. A informação foi divulgada na quinta-feira (5). De lá para cá, não foram dadas maiores informações sobre a empresa responsável pelo vazamento nem penalidades.