14 de dezembro

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Flávio Serafini: luta permanente contra as desigualdades sociais

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Candidato do PSOL quer que prefeitura garanta acesso a Saúde e Educação para todos
eleição 8

Flavio Serafini, 39 anos, casado e pai de dois filhos, é niteroiense de raiz. Na hora de informar seus dados pessoais, destaca: “Nasci em Niterói e morei minha vida toda aqui. Já morei em Piratininga, São Domingos, Icaraí, Bairro de Fátima e, atualmente, moro no Ingá. Fiz o ensino médio no Colégio Laplace em Piratininga, graduação e mestrado na UFF. Minha família é toda de Niterói, minha mãe mora em Piratininga e meu pai no Cafubá.” Quase uma viagem pela cidade.

No site em que se apresenta, diz que está Deputado Estadual. Porque se considera mesmo é professor e pesquisador da Fiocruz, licenciado para exercer o mandato. Foi eleito em 2014 e reeleito em 2018 pelo Partido Socialismo e Liberdade, PSOL, com 61.754 votos. Agora, é candidato à Prefeitura de Niterói, cargo que já disputou, em 2012 e 2016, ficando na terceira posição.

A atuação política começou cedo, aos 16 anos, nas manifestações em defesa do passe livre e do acesso à Cultura, nos anos 90. Como estudante da Universidade Federal Fluminense, fez parte do Diretório Central dos Estudantes, atuando na defesa da Educação Pública.

Serafini é professor da rede estadual e privada desde 2005. Em 2007, dedicou-se à fundação do PSOL em Niterói, partido que presidiu no município, em 2008-2010 e 2012-2014. Entre suas ações, destaca a luta contra o aumento das barcas e dos ônibus. E as mobilizações em apoio às vítimas das chuvas de 2010, a Tragédia do Morro do Bumba, que afetou mais de 20 comunidades. Na ocasião, participou da criação do Comitê de Solidariedade aos Desabrigados de Niterói.

Na Alerj, criou a Comissão Especial da Baía de Guanabara e a Frente Parlamentar em Defesa do Transporte Aquaviário. Atualmente, é presidente da Comissão de Educação. Mas, além do plenário da Assembléia, gosta mesmo da atividade nas ruas, com os movimentos sociais. Na sua apresentação, destaca a luta por moradia; pela justiça socioambiental; pelo combate ao racismo religioso e a todo tipo de opressão.

A Seguir Niterói: Por que o senhor quer ser Prefeito de Niterói? O que, por sua formação, pode fazer pela cidade?

Flavio Serafini: Quero ser Prefeito porque acredito que posso fazer Niterói um lugar muito melhor para as pessoas viverem, com menos desigualdades, onde as pessoas tenham mais direitos. Sou professor e pesquisador na Fiocruz, sou da área de Educação e trabalho na instituição de Saúde Pública mais importante da América Latina. Quero trazer isso pra Niterói, qualificar as políticas públicas e garantir acesso à Saúde, à Educação, desenvolver uma política de assistência social e geração de empregos robusta no momento em que o país enfrenta uma de suas maiores crises e Niterói é beneficiada com o crescimento na arrecadação dos royalties. Ter uma política ambiental forte, as ciclovias seguras, reciclagem, hoje Niterói só trata 3% dos resíduos, um absurdo ecológico. Qual seu principal projeto? Que marca gostaria de deixar para a cidade?

Nosso principal projeto é fazer com que Niterói seja uma cidade mais justa, onde os investimentos públicos garantam qualidade de vida para toda a população. Niterói tem uma arrecadação per capita quase cinco vezes maior que a de São Gonçalo e mesmo assim tem 2 mil crianças sem vaga na escola, tem 25% da população em moradias precárias. Quero deixar a marca de uma cidade garantidora de direitos, em que não haja criança fora da escola, tenhamos educação integral, um programa de renda básica universal, ampliar a cobertura do médico de família para toda a população que garanta a retaguarda com leitos e especialidades. Que seja inclusiva para as pessoas com deficiência e ajude a enfrentar o racismo, o machismo e a LGBTfobia. Quero que as pessoas pensem que puderam ser mais felizes porque tiveram mais direitos.

Qual seu lugar favorito em Niterói? A melhor expressão da cidade ou o seu refúgio?

Gosto muito do Parque Estadual da Serra da Tiririca, que tem o Quilombo do Grotão, o Morro das Andorinhas e é um espaço de preservação da Natureza, de contato da Mata Atlântica com o mar. Aliás, espaço que precisa ser preservado, a especulação imobiliária quer excluir uma parte do Parque e a Prefeitura facilitou isso mudando um ponto do Plano Diretor da cidade. A melhor expressão de Niterói é o topo do Morro do Arroz, a 300 metros da prefeitura, com esgoto a céu aberto, casas sem luz e com o acesso dificílimo. É a expressão da desigualdade que marca Niterói e as políticas urbanas não sobem ou demoram muito pra subir o morro. Somos uma das cidades mais desiguais do Brasil. Temos que mudar essa expressão fazendo as políticas urbanas e sociais subirem mais o morro.

Quem estará no governo com o senhor? O assessor, o colaborador mais próximo, a pessoa de confiança, o primeiro secretário que vai nomear?

Nós vamos fazer uma mudança no perfil do governo, acabar com essa farra de 15 partidos se locupletando em cargos comissionados com mais de 60 secretarias e administrações regionais. A coisa é tão sem critério, que hoje tem quatro partidos da base do Bolsonaro com o candidato do governo. Nós vamos reduzir em 50% o número de cargos comissionados, diminuir terceirizações e fazer concursos públicos, estruturar profissionalmente a máquina pública nas diferentes áreas. A Josiane estará comigo, professora do município, minha coPrefeita porque não é só vice, é ativa tem voz. Vamos ter uma mulher negra governando Niterói. Talíria vai nos ajudar muito também e vamos ter gente da Fiocruz, da UFF, funcionários de carreira do município.

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