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Num fim de semana de previsão de chuva moderada a forte em Niterói, três das quatro atrações do fim de semana serão em ambiente fechados, protegidos do tempo.
Um deles, inclusive, teve seu local devidamente modificado, antecipando qualquer possibilidade de cancelamento das apresentações musicais e risco à segurança do público e dos músicos.
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O A Seguir segue fazendo a curadoria do que há de mais atraente na cidade e no último fim de semana do ano o destaque vai para a segunda edição do Festival do Choro, que reunirá a “nata” do gênero escutado por pessoas de diversas faixas etárias.
O Festival começa nesta sexta (27), às 18h30, no Solar do Jambeiro e traz na programação nomes como Choro das Minas, Época de Ouro e Nilze Carvalho, Choro na Rua com Bruno Barreto e Marcelinho Moreira, Trio Madeira com Pedro Miranda e Márcio Bahia e Cordão do Boitatá e Carlos Malta, entre tantos outros.
“Ê alafiou, ê alafiá, é o ninho da serpente preparado pra lutar! Campeã do Carnaval de 2024, a Viradouro é tema da mostra imersiva “Arroboboi, Dangbé”, em cartaz no Museu de Arte Contemporânea (MAC).
Em uma viagem permeada por cores, sons e ancestralidade, a mostra reúne 200 fotografias do desfile que conquistou o público e jurados na Sapucaí.
Ao entusiastas ou curiosos, a exposição também exibe 20 fantasias, entre elas três de destaque, criadas pelo carnavalesco Tarcísio Zanon para ilustrar o enredo Arroboboi, Dangbé que deu o terceiro campeonato do Grupo Especial à escola de Niterói.
Outro atrativo de destaque é a exposição da serpente de 9m de comprimento que abriu o desfile da vermelho e branco levando o público da Sapucaí ao delírio.
A curadoria da exposição é da fotógrafa Renata Xavier e os textos são do jornalista e doutor em artes João Gustavo Melo, enredista da Viradouro.
Serviço:
Exposição “Arroboboi, Dangbé”
Data: Até 9 de março de 2025
Local: Museu de Arte Contemporânea de Niterói
Horário: Terça a domingo, das 10h às 18h.
Entrada: Inteira R$ 16,00 | Meia R$ 8,00 | Entrada Gratuita nas Quartas e para moradores da cidade de Niterói.
Uma das atrações com programação mais robusta do ano, o II Festival de Choro começa nesta sexta-feira (27), em Niterói, com shows gratuitos. Quem abre o festival é o Quarteto Metacústico com suas fusões de obras clássicas com contemporâneas na música de concerto. A apresentação será às 18h30, no Solar do Jambeiro.
Buscando novos públicos, o quarteto apresenta técnicas estendidas que vão além dos instrumentos, como o uso de percussão com o arco na corda e canto, e a utilização de composições originais.
Sua formação conta com Thiago Texeira, no primeiro violino, Maressa Carneiro, no segundo violino, Daniel Silva, no violoncelo, e Diego Silva, na viola.
Na sequência, às 19h40, o Conjunto Época de Ouro recebe a cantora Nilze Carvalho.
Com uma herança musical que ultrapassa meio século, o conjunto foi fundado pelo icônico bandolinista Jacob do Bandolim e colaborou com artistas de renome como Paulinho da Viola, Marisa Monte, Beth Carvalho, entre outros.
Na apresentação, o grupo contará com a participação especial da convidada Nilze Carvalho. Suas histórias estão entrelaçadas, Nilze, dos 11 aos 14 anos, gravou como bandolinista a série de LPs “Choro de Menina”, que contou com a participação do conjunto Época de Ouro em dois dos seus álbuns.
A curadoria do II Festival do Choro é do trompetista Silvério Pontes e a organização é da Prefeitura da cidade por meio da Fundação de Arte de Niterói.
Sábado, 28 de dezembro
No sábado (28), a Orquestra Sanfônica recebe o cantor Marcelo Mimoso, às 11h, no Solar do Jambeiro. O grupo é formado por 32 músicos, com 11 sanfoneiras e 13 sanfoneiros, 2 cantoras e 1 cantor, 1 contrabaixista, 1 rabequeiro, 2 zabumbeiras e 1 percussionista.
O repertório mistura canções regionais nordestinas – de autoria de Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Sivuca, entre outros – ao lado de músicas autorais, criadas, em sua maioria, pelos membros do grupo.
Às 16h, é a vez do Grupo Café Brasil receber Dirceu Leite e Iracema, no Solar.
O Grupo Café Brasil é um típico regional de choro composto por Paulinho Bandolim (bandolim), Leo Fernandes (violão de 7 cordas), Felipe Reis (violão de 6 cordas), Phelipe Ornellas (cavaquinho) e Diogo Barreto (pandeiro).
Às 17h, o Solar recebe a terceira atração do dia: o grupo niteroiense Choro das Minas.
Projeto pioneiro em Niterói, o Choro das Minas possui uma formação de instrumentistas composto exclusivamente por mulheres. O grupo de instrumentistas é composto por Clarice Maciel (pandeiro), Valéria Gomes (violão de 7), Belliza Luar (Violão de 6), Gisele Mascarenhas (Flauta), Lena Verani (Clarineta).
Na II Festival de Choro de Niterói, o Choro das Minas recebe as convidadas Daniela Spielmann e Monica Mac.
A agenda de sábado do II Festival de Choro de Niterói se encerra às 18h com o Trio Madeira.
O Trio Madeira Brasil surgiu em 1997 a partir da reunião de 3 virtuoses em torno de uma proposta artística ousada: fazer uma música ao mesmo tempo calorosa e sofisticada.
O grupo traz um repertório eclético. Na apresentação, eles estarão acompanhados do cantor e percussionista Pedro Miranda e de Márcio Bahia.
Domingo, 29 de novembro
No domingo (29), às 11h, o Grupo Cultural Cordão do Boitatá receberá o instrumentista Carlos Malta.
O Grupo Cultural Cordão do Boitatá tem relevante papel cultural na cidade do Rio de Janeiro e na revitalização do Carnaval de Rua. Há 28 anos realiza seu Cortejo no centro da cidade, e, há 18 anos, o Baile Multicultural da Praça XV, para mais de 100 mil pessoas.
No domingo, 29, às 15h, o II Festival de Choro de Niterói recebe o duo formado por Cristóvão Bastos e Rogério Caetano, com Áurea Martins como convidada.
Indicados ao prêmio de melhor álbum instrumental no Grammy Latino de 2021, Cristóvão Bastos e Rogério Caetano apresentam um repertório de composições próprias e com os parceiros Paulinho da Viola, Maurício Carrilho e Eduardo Neves.
Às 16h, é a vez do grupo Gafieira Arariboia se apresentar com convidados especiais.
O Gafieira Arariboia surgiu da ideia de criar um coletivo musical em Niterói para atuar em diversos gêneros da música brasileira, realizando, assim, fazer shows voltados para o choro, o samba, o forró, entre outros.
O encerramento do festival será às 18h com o já tradicional Choro na Rua, com participação de Bruno Barreto e Marcelinho Moreira. Liderado pelo trompetista Silvério Pontes, o grupo busca resgatar a essência do choro, levando-o de volta às suas origens.
Choro na Rua é: Silvério Pontes (Trompete), Daniela Spielmann e Dudu Oliveira ( Sax Tenor e Soprano), Alexandre Romanazzi (Flauta), Henrique Cazes e Alessandro Cardozo (Cavaquinho), Thiago Souza (Bandolim), Bebê Kramer (Acordeon), Charles da Costa (Violão de seis cordas) Rogério Caetano e Vinicius Magalhães (Violão de sete cordas), Netinho (Pandeiro) e Rodrigo Jesus (Percussão).
Sexta-feira, 27 de dezembro
18h30 – Quarteto Metacústico
19h40 – Época de Ouro e Nilze Carvalho
Sábado, 28 de dezembro
11h- Orquestra Sanfônica recebe o cantor Marcelo Mimoso
16h – Grupo Café Brasil recebe Dirceu Leite e Iracema
17h – Choro das Minas, Daniela Spielmann e Monica Mac
18h – Trio Madeira convida Pedro Miranda e Márcio Bahia
Domingo, 29 de dezembro
11h – Cordão do Boitatá e Carlos Malta
15h – Cristovão Bastos e Rogério Caetano convidam Aurea Martins
16h – Gafieira Arariboia recebe convidados
17h – Choro na Rua recebe Bruno Barreto e Marcelinho Moreira
A Praça da Capoeira, em São Francisco, recebe o projeto Nikity Rock neste sábado (28), a partir das 16h.
O projeto apresenta bandas niteroienses e convidados de outras cidades, com repertórios autorais e versões.
O palco abre com a apresentação da banda Tchaca e o Ego Perdido, às 16h. As composições da banda, políticas e satirizadas, representam bem a nossa identidade, combinando blues, acid rock, e hard rock com riffs pesados.
A banda é formada por Tchaca (cantor), Raul Silveira (guitarrista), Paulo Franco (baterista) e Igor Dantas (baixista).
Às 17h45, a banda Ayoa, que tem como missão homenagear e reviver os grandes sucessos de O Rappa, leva ao público uma experiência nostálgica e vibrante.
Encerrando o dia, a banda Concreto Armado se apresenta às 19h30. Concreto Armado é uma banda de rock autoral de São Gonçalo, que entende a arte como função social e ferramenta de transformação da realidade.
Além das bandas, o DJ Tony Dee comanda o som na praça entre as apresentações.
O projeto Nikity Rock é gratuito e realizado pela Fundação de Arte de Niterói.
Serviço:
Data: Sábado, 28 de dezembro
Horário: A partir das 16h
Local: Praça da Capoeira
Endereço: Av. Quintino Bocaiúva, 721 – São Francisco, Niterói
Confira a programação completa:
Sábado, 28 de dezembro
Atrações, na ordem:
Atração: Tchaca e o Ego Perdido
Horário: 16h
Atração: Ayoa
Horário: 17h45
Atração: Concreto Armado
Horário: 19h30
Atração: DJ Tony Dee
Horário: nos intervalos das atrações
A exposição “Minh’alma Nossa alma” da artista visual Mary Dutra, em cartaz no Espaço Cultural Correios Niterói, é resultado de uma extensa pesquisa realizada por ela sobre gerações passadas de artistas de sua família – seu pai, avô e bisavô –, e apresenta um acervo inédito de obras que atravessaram quase um século de história, de 1928 até hoje.
Na mostra, Mary se utiliza da IA para criar diálogo entre quatro gerações da própria família. A entrada é gratuita.
Com curadoria de Fernanda Deminicis, o projeto apresenta semelhanças e releitura das obras, como livros e pinturas da família da artista, através de sua perspectiva contemporânea – novas peças que dialogam com este acervo do passado.
A mostra junta as novas obras de Mary com as originais dos seus antepassados, artistas do Rio de Janeiro e do Pará. Do acervo familiar centenário, Mary apresenta aproximadamente 70 pinturas e livros e conta com uma instalação com 220 peças de escombros de palavras retiradas de livros do seu bisavô.
Entre os destaques da exposição estão as oito obras da Série Póstuma, uma cocriação entre ela e seu avô Luis Ludovico.
Com o uso de inteligência artificial, a coleção revela uma extensão da obra do artista, trinta anos após sua morte. A série ainda integra um livro, de autoria da Mary, que reúne a obra completa do avô.
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