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Como parte da comemoração dos 80 anos da sua fundação, a Sociedade Fluminense de Fotografia recebe, no próximo sábado (22), às 15h, a exposição “Entre Minas”, do fotógrafo niteroiense Wilson da Costa. A mostra reúne 62 imagens e textos de um extenso projeto de documentação e pesquisa sobre as inúmeras e trágicas relações entre o neoextrativismo mineral e os territórios das Minas Gerais. A entrada é franca.
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Às 16h, o artista recebe o escritor e fotógrafo Pedro Karp Vasquez para um debate sobre “O recado das Gerais: entre Minas e a Mineração”.
O livro-exposição “Entre Minas” revela uma narrativa fotográfica que envolve tempos, afetos, reflexões e provocações a respeito do que o autor chama de “relações trágicas entre Minas Gerais e a mineração”.
O livro, que poderá ser adquirido no dia da abertura, dialoga com o movimento de resistência dos atingidos e faz coro com as vozes da população local que, desde 2015, luta para se reerguer dos estragos ambientais, sociais, econômicos e humanos resultantes da atividade da mineração.
– Em 2015, quando foi o desastre-crime da Barragem de Fundão, eu não pude me ausentar do Rio. Mas em 2019, quando aconteceu novamente o mesmo crime eu saí de lá com a intenção de fazer algo sobre a mineração, indo um pouco além da cobertura dos crimes, eu queria lidar com a mineração num campo maior de discussões e reflexões. Esse livro foi pensado com a pretensão de alcançar um público muito diverso. Ele inclui tanto pessoas atingidas pela mineração, quanto instituições e movimentos sociais, além de um público leigo – afirmou o fotógrafo.
Nascido em Niterói, o fotógrafo Wilson da Costa tem uma relação de afeto com o estado de Minas Gerais, especialmente com a região dos Inconfidentes, cuja efervescência cultural atraiu o jovem fluminense na década de 1980.
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