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Exposição apresenta Niterói como uma cidade-floresta influenciada por narrativas da ficção científica

Por Redação
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“em cantos plantados”, da artista Ana Paula Lourenço, fica em cartaz até 3 de março, no espaço Atanã, em Itaipu
Ana Paula Lourenço_Horizonte_2024
“Horizonte” é um dos quadros da mostra. Foto: Divulgação

Um diálogo entre ciência e tecnologia de ponta com a imaginação. Essa é a proposta da artista Ana Paula Lourenço na exposição “em cantos plantados”, em cartaz até 3 de março, no espaço Atanã, em Itaipu.

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Entre pinturas, instalações e vídeo, as obras propõem uma reflexão sobre a construção de cidades sustentáveis e biodiversas. Leva em conta não só as questões formal-arquitetônicas dos ambientes públicos e privados e a usabilidade dos objetos, mas também o que significa viver nestes tipos de cidade.

– A  exposição é uma oportunidade de viabilizar o desejo de habitar com biodiversidade o deserto devastado das nossas imaginações – diz a artista.

Com referência a diversas correntes contemporâneas da ficção científica, como o solarpunk, o afrofuturismo, o ancestrofuturismo e o amazofuturismo, as obras reunidas realizam o exercício experimental a partir das paisagens da cidade de Niterói. Por exemplo, a obraHorizonte”, na qual tem a vista da Baía de Guanabara através de prédios que se parecem com os de Icaraí. Na obra, estão representadas hélices de equipamentos de geração de energia renovável aplicados de diferentes maneiras à paisagem urbana.

O projeto conta com o incentivo da Prefeitura Municipal de Niterói e da Secretaria Municipal das Culturas (SMC), por meio do edital Cultura GEEK e apoio institucional do The New Centre for Research & Practice, onde a artista concluiu o Master em Art & Curatorial Practice. A produção é de Ana Pimenta e a comunicação visual de Guilherme Ferreira.

– Com a cidade trabalhando para ser uma referência no quadro das cidades ambientais, com obras para despoluição e melhoria da mobilidade urbana, pensar sobre como as mudanças espaciais e tecnológicas afetam a nossa percepção do mundo, através da arte, é um movimento cada vez mais presente – comenta a produtora Ana Pimenta.

Atividades 

Como parte da exposição “em cantos plantados”, no dia 18 de fevereiro, será realizada uma oficina de papel-semente gratuita, voltada para todos os públicos, idealizada e ministrada pela própria artista. A oficina parte do universo de trabalho de Ana Paula Lourenço com o uso de materiais orgânicos no fazer artístico e pictórico.

No dia 2 de março, às 17h, será lançado o catálogo virtual da exposição, com uma conversa com a participação da artista e do curador Rubens Takamine.

Sobre a artista

Ana Paula Lourenço é bacharel em Pintura (EBA/UFRJ) e mestre em Artes Visuais (PPGAV/UFRJ). Atualmente, atua como pesquisadora do programa Art & Curatorial Practice no The New Centre for Research and Practice (EUA), é professora na graduação em Pintura da Escola de Belas Artes da UFRJ, e mestranda em Estética (PPGF/UFRJ), onde pesquisa a simpoiése do método FC (fabulações especulativas) de Donna Haraway. Desde 2018, Ana Paula vem desenvolvendo trabalhos e pesquisas inspirados na proposição da simpoiése de Donna Haraway, como o Projeto de Polinização Poética Urbana.

Serviço

Exposição “em cantos plantados”

Local: espaço Atanã – Estrada Francisco da Cruz nunes 3095 sala 106, Itaipu.

Horários: de terça à sexta-feira, das 15h30 às 18h; fim de semana com agendamento. Até 3 de março

Entrada gratuita

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