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Explosão da Ômicron: 87,3% dos médicos brasileiros foram contaminados nos 2 últimos meses

Por Camila Araujo
| aseguirniteroi@gmail.com

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Estudo inédito mostra impacto da variante do Covid-19 nos profissionais e em todo o sistema de saúde
Especialistas que trabalham na produção de vacina. Brasil recebe mais doses da Janssen
Profissionais se contaminam dentro e fora do trabalho, diz membro da Associação Paulista de Medicina.

A quarta onda da Covid-19 provocada pela variante Ômicron afetou a grande maioria dos profissionais da saúde: 87,3% dos médicos brasileiros foram contaminados pelo vírus  nos últimos dois meses. Os dados são do estudo inédito da Associação Médica Brasileira (AMB), em parceria com a Associação Paulista de Medicina (APM), divulgado nesta quinta-feira (3).

O aumento do número de casos na população em geral também foi percebido pelos profissionais. Em relação ao último trimestre de 2021, 96,1% dos médicos que atendem em locais que recebem pacientes com Covid-19 observaram tendência de alta em algum grau.

– Quando (os médicos) não se contaminam no ambiente de trabalho, se contaminam fora do ambiente de trabalho. Há uma quantidade muito grande de colegas afastados porque se infectaram com a doença – afirma José Luiz Amaral, presidente da Associação Paulista de Medicina.

Perguntados sobre as deficiências na atenção à pandemia, 44,5% dos médicos afirmaram haver falta de médicos, enfermeiros e/ou outros profissionais da saúde. Cesar Fernandes, presidente da Associação Brasileira de Médicos, reafirma o fato e propõe solução.

– A composição inadequada das equipes está generalizada em todo o Brasil. O gestor de saúde precisa providenciar a toque de caixa a contratação de mais médicos, mais enfermeiros – recomenda.

Em relação ao número de óbitos, também há tendência de alta em algum grau, de acordo com 40,5% dos entrevistados que atuam na linha de frente do atendimento a pessoas com a doença. A ocupação das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) nos serviços hospitalares está menor do que nos momentos mais críticos de 2021, apontam 81,4% dos médicos consultados.

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