COMPARTILHE
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, na terça-feira (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros investigados em um inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado em 2022.
Leia mais: Um alerta dos médicos: cuidado com o calor de 40 graus em Niterói, uma cidade com muitos idosos
A denúncia é uma acusação formal de crimes feita na Justiça. Agora, caberá ao Supremo Tribunal Federal analisar o caso. A denúncia será julgada pela Primeira Turma do STF, colegiado composto pelo relator, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Nesta quarta-feira (19), Moraes deu prazo de 15 dias para manifestação das defesas.
Segundo a denúncia, Bolsonaro seria líder da organização criminosa responsável pelos “atos lesivos” à democracia. O órgão também destaca que o objetivo do grupo era mantido por meio de um “projeto autoritário de poder”.
Outras 33 pessoas também foram denunciadas pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, por tentativa de golpe de Estado e outros crimes. Na denúncia, a PGR afirma que o “grupo criminoso agiu com violência e grave ameaça para impedir o funcionamento dos Poderes da República e para tentar depor o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
Segundo a acusação, o ex-presidente liderou uma trama golpista gestada em 2022, nos últimos meses de seu mandato, com o objetivo de se manter no poder após ser derrotado na corrida presidencial daquele ano. Ainda conforme a acusação, Bolsonaro contou com o auxílio de aliados, assessores e generais para “deflagrar o plano criminoso”, que teria ocorrido por meio de divulgação de desinformação contra urnas eletrônicas, afronta às decisões do Supremo e incentivo ao plano golpista, entre outros crimes.
Saiba quem são todos os 34 indicados pela PGR:
Se o STF aceitar a denúncia, começa a ação penal. Abre-se um processo no tribunal e os investigados passam à condição de réus. O processo transcorre com fases como a defesa e a coleta de provas e depoimentos.
Encerrada a tramitação, o caso vai para a decisão da Corte. Os ministros vão avaliar as informações produzidas ao longo do andamento do processo e decidir se os envolvidos devem ser absolvidos ou condenados.
Enquanto há inquérito e, posteriormente, um eventual processo, os investigados podem, em regra, responder em liberdade. No entanto, no curso do caso, há situações em que os suspeitos podem ser presos de forma provisória — uma delas é a prisão preventiva. Trata-se de último recurso usado pela Justiça para garantir que uma investigação ou um processo ocorram dentro do que prevê a lei, sem interferências que possam prejudicar as apurações.
COMPARTILHE