COMPARTILHE
O ex-Prefeito de Niterói Rodrigo Neves já está em Portugal, para onde viajou no início do ano, depois de passar o cargo a seu sucessor, Axel Grael. Ele teve que pedir autorização à Justiça para a liberação do passaporte para a viagem, que estava retido diante da investigação de crime de corrupção nos contratos com empresas de transporte.
O ex-Prefeito anunciou no fim do ano que pretendia fazer um curso de janeiro a junho na Universidade de Coimbra, em Portugal. Ele vai morar na cidade, um reduto acadêmico, a uma hora do Porto e duas horas de Lisboa. A sua mulher, Fernanda Sixel, nomeada coordenadora de Políticas e Direitos das Mulheres da Prefeitura por Grael, ficou em Niterói.
Rodrigo Neves responde a processo criminal e esteve preso por três meses, de 2018 para 2019, em ação penal pelo suposto recebimento de propina de empresas de ônibus, o que ele nega. Ele precisou requerer ao 3° Grupo de Câmaras Criminais do Tribunal de Justiça a devolução de seu passaporte, retido como uma das condições para que o ex-Prefeito pudesse responder em liberdade à ação penal.
O ex-Prefeito questiona o rumo da ação judicial: “Eu nunca fui ouvido nesse processo. O colegiado do Tribunal de Justiça, por 6×1, reverteu a absurda, ilegal, arbitrária e infâme prisão, devolveu o mandato e arquivou a infundada acusação de organização criminosa e formação de quadrilha. Apesar de fazerem buscas em 53 lugares diferentes, nada encontraram. O Coaf e todos devassaram minha vida e fizeram relatório dizendo que nada encontraram de errado ou de enriquecimento, muito menos ilícito.
O promotor do caso, para induzir um juiz ao “erro” numa decisão monocrática absurda de prisão e afastamento do cargo, mentiu dizendo que a Fernanda era sócia da Toesa. Esse processo é uma infâmia” – sustenta Rodrigo Neves.
A autorização para viajar foi dada pelo desembargador José Muiños Pinheiro, que disse acreditar no compromisso que o Prefeito assumirá de retornar ao país assim que concluir seu curso. Ou, caso seja necessário, retornar ao país para participar da instrução criminal e depois retomar os estudos no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
COMPARTILHE