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Quando a Ponte une corações

Por redação
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Casal de Niterói se conheceu no Fundão, em 1974, e se apaixonou nas caronas para atravessar a Ponte
Casal - Quando a Ponte une corações
Ana Lúcia e Marco Aurélio estão casados há 45 anos, uma história que começou com um fusca e um grupo de carona. Foto: Acervo pessoal

Marco Aurélio e Ana Latgé estão casados há 45 anos mas gostam de dizer que a paixão deles tem a idade da Ponte Rio-Niterói: desde que se conheceram, quando pediam carona um ao outro, no início da faculdade, na Ilha do Fundão, para ir ou voltar de Niterói pela Ponte, que acabara de ser inaugurada.

Ele é geólogo, ela é tradutora. Não se conheciam antes do início da árdua vida universitária na UFRJ, na Ilha do Governador. A aproximação começou porque todo niteroiense procurava desesperadamente por outro niteroiense para garantir a carona da semana, do dia e, com muita sorte, do mês. Assim, Marco encontrou Ana, e vice-versa.

Durante um ano, após passarem no Vestibular de 1973, os dois recorriam aos ônibus – linha 53 para ele, que morava em Santa Rosa; linha 32 para ela, que morava em São Francisco – até as barcas e depois ainda precisavam pegar um outro ônibus para o Fundão. Marco lembra que da janela da barca via a Ponte em final de construção. Rezava pelo dia da inauguração. Sabia que sua vida ia mudar. Não imaginava que mudaria tanto e para sempre.

– A ponte nos uniu. Naquele tempo, era fácil pegar carona, normal. Procurávamos saber quem morava em Niterói, se usava carro, e combinávamos a hora. Ou, então, ficávamos na entrada da Ponte, com uma multidão de estudantes, esperando os carros pararem. Eu e Ana dividíamos as caronas, um dia ela, um dia eu de carro… Ficamos amigos, voltávamos conversando, conversando e… a amizade virou namoro.

Marco e Ana, 45 anos e muitas travessias da Ponte depois. Foto: Acervo Pessoal

Marco lembra que havia uma espécie de “cultura da carona”. Quem tinha carro queria muito carregar caroneiros. Para um estudante, que pedia o carro do pai emprestado e tinha que bancar a gasolina, era um alívio. As caronas eram mais confortáveis que as longas viagens de ônibus e ajudavam no orçamento de quem dava e quem pegava.

– Fazíamos muitas contas. Geralmente, a contribuição que os caronas davam era para gasolina e pedágio, soma dividida pela número de caroneiros no carro. E ainda conhecíamos muita gente, fazíamos amigos. Eu dei mais sorte. Além dos amigos, encontrei a mulher da minha vida. Sou muito grato a essa cinquentona que nos uniu!

Veja a cobertura completa em https://aseguirniteroi.com.br/especial-50-anos-ponte-rio-niteroi/

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