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Etapa do Itacoatiara Big Wave teve ondas de até três metros

Por Redação
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A segunda chamada do IBW, na Laje do Shock, foi na categoria Tow-In, modalidade em que o surfista é rebocado por um jet ski.
Wylliam Santana Crédito Matheus Couto
Willyam Santana segunda chamada do Itacoatiara Big Wave. Foto: Matheus Couto

A segunda chamada do campeonato Itacoatiara Big Wave aconteceu na manhã de domingo (31), na Laje do Shock (atrás da Pedra do Pampo Club). A disputa foi na categoria Tow-In, modalidade em que o surfista é rebocado por um jet ski.

Quem estava na areia não conseguia ver as manobras dos atletas. As ondas, de cerca de 2,5 a 3 metros, batiam na laje por detrás da pedra e ganhavam um volume ainda maior e com  mais  dificuldade para os competidores. Oito pessoas que acompanhavam a competição no alto da Pedra do Pampo ficaram feridas após serem arrastadas por uma onda gigante.

Foi montado um esquema de segurança pela organização do evento, não só para levar os surfistas que chegaram de jet ski entrando pelo Canal de Itaipu, como para a retirada dos atletas do mar, em condições adversas. A modalidade de Tow-In começou nos anos 90, no Havaí, e vem se consolidando a cada ano como forma de competição.

Participaram da rodada os “Big Riders” Lucas Chumbo, Lucas Fink, Michaela Fregonese, Gabriel Sampaio, Kalani Lattanzi, Marcos Monteiro, Willyam Santana, Daniel Rodrigues, Felipe Cezarano, Éric Repsold, Victor Gioranelli, Alemão de Maresias, Fabiano Passos, a americana Katie McConnell, Guilherme Hillel e Valentin Neves participaram desse desafio que virou um marco para o surfe. As melhores ondas do dia, de acordo com os organizadores, ficaram por conta de: Gabriel Sampaio, Daniel Rodrigues, Lucas Chumbo e Valentim Neves, além de Felipe Cesarano.

Sobre Cesarano,  ele é réu por homicídio culposo pelo atropelamento que matou o sargento da Marinha Diogo da Silva, em dezembro de 2020. Segundo investigação da Polícia Civil, Cesarano estava alcoolizado e em alta velocidade (140 quilômetros por hora) quando atingiu o carro da vítima, na  Autoestrada Lagoa-Barra, sentido Zona Sul do Rio de Janeiro.

Sonho

O veterano Lucas Chumbo, que ficou em 2º lugar na competição de 2021, disse que sempre foi um sonho competir nesse tipo de modalidade dentro do Big Wave:

– Foi a realização de um sonho. O mar não foi um dos melhores, mas tinha condições muito boas e com grau de dificuldade grande. Foi mais um dia de aprendizado. Não cheguei a pegar as melhores, mas, em breve, teremos outra sessão para melhorarmos a pontuação. Eu estava bem conectado com meu parceiro Lucas Fink e fizemos o nosso melhor. É muito importante termos esse evento no Brasil.

Lucas Chumbo em foto de Tony D’Andrea

O IBW 2022 é a 1ª competição de surfe no Brasil  simultânea de ondas grandes e Tow-In. A primeira janela do campeonato atingiu séries de sete metros e os big riders entraram no mar de jet ski pela Praia de Itaipu para conseguirem descer nas remadas.

O campeonato é aberto a qualquer surfista que, para se inscrever, deve enviar vídeos das ondas surfadas para a organização do evento. Após o encerramento da janela de competição, previsto para 31 de agosto, as ondas serão julgadas por uma comissão de arbitragem profissional, utilizando os critérios da Liga Mundial para o surfe de ondas grandes. A previsão é de, no total, até 4 chamadas para as sessões de surfe válidas para a competição.

As chamadas serão realizadas com base na previsão das grandes ondulações (swells). Na Praia de Itacoatiara acontecerão as chamadas para surfe na remada e na Laje do Shock (atrás da Pedra do Pampo Club), para o tow-in, o que vai depender das condições das ondas. Elas são confirmadas com antecedência entre 48 e 72h e as sessões ocorrerão entre 6h e 12h. O surfista com o maior somatório nas duas melhores ondas será o vencedor. O Itacoatiara Big Wave premia também cinegrafistas e pilotos de jet ski que atuarem no reboque de atletas.

Surfistas sendo rebocados por jet ski. Foto: Tony D’Andrea

 

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