21 de dezembro

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Estudo aponta Niterói como a quarta melhor cidade em saneamento do país

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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A 15ª edição do Ranking do Saneamento foi divulgada pelo Instituto Trata Brasil que monitora os indicadores dos municípios brasileiros
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Obra para implantação de rede de esgoto em Niterói. Foto: Prefeitura de Niterói

Niterói ocupa a quarta colocação no ranking do saneamento elaborado pelo Instituto Trata Brasil. É o único município do Rio de Janeiro dentre as 20 cidades melhores colocadas. Em 2022, Niterói ocupava a 23ª posição, no estudo.

A 15ª edição do Ranking do Saneamento foi divulgada nesta segunda-feira (20), quando começam as celebrações pela Semana da Água. O estudo tem como foco os 100 maiores municípios do Brasil. Em primeiro lugar no ranking ficou a cidade paulista de São José do Rio Preto.

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O relatório faz uma análise dos indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano de 2021, publicado pelo Ministério das Cidades. Desde 2009, o Instituto Trata Brasil monitora os indicadores dos maiores municípios brasileiros. De acordo com a instituição, a falta de acesso à água potável impacta quase 35 milhões de pessoas. Além disso, cerca de 100 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de esgoto, “refletindo em problemas na saúde da população que diariamente sofrem, hospitalizadas por doenças de veiculação hídrica”.

Niterói

De acordo com o estudo, o principal motivo pelo qual se atribui o avanço de Niterói, no ranking, foi a redução de 2,43 pontos percentuais nas perdas na distribuição.

“Apesar de pequena, tal variação fez com que o município tivesse atingido a meta de 25%”, informa o relatório sobre a cidade.

Dos 100 municípios considerados, apenas 14 possuem níveis de perdas na distribuição menores que 25% (valores considerados como adequados). Nesse quesito, Niterói aparece, precisamente, com um índice de 24,79%.

Dentre os vinte melhores municípios para o índice de esgoto tratado, Niterói aparece em primeiro lugar (com 100%) empatado com Piracicaba (SP), Maringá e Cascavél, ambas no Paraná.

Niterói também alcançou o índice de 100% nos indicadores que medem o número de novas ligações de água e esgoto.

Já quando se trata de investimento, o município com maior percentual foi Santo André (SP), com 97,45%. O de menor nível relativo de investimentos foi São João de Meriti (RJ), com 1,18%. Niterói teve um percentual de 6,86% na média dos investimentos sobre arrecadação dos últimos cinco anos, índice que garantiu o município figurar no “time dos melhores”.

Ano passado, a Prefeitura de Niterói informou o investimento de R$ 108 milhões em saneamento até o fim de 2023.

– Nesta edição do Ranking, é observado que além da necessidade de os municípios alcançarem o acesso pleno à água potável e atendimento de coleta de esgoto, o tratamento dos esgotos é o indicador que está mais distante da universalização nas cidades, mostrando-se o principal gargalo a ser superado. Imagine o volume de 5,5 mil piscinas olímpicas. Essa é a carga poluente de esgoto não tratado no Brasil despejado irregularmente nos rios, mares e lagos todos os dias (quase 2 milhões de piscinas olímpicas por ano), que corrobora para a degradação do meio ambiente e, principalmente, impacta negativamente a saúde da população , observou Luana Siewert Pretto, Presidente-Executiva do Instituto Trata Brasil.

Fonte: 15ª edição do Ranking do Saneamento do Instituto Trata Brasil.

Dados do estudo

  • Enquanto 99,75% da população das 20 melhores têm acesso à redes de água potável, nos 20 piores municípios o número é de 79,59% da população.
  • A porcentagem com rede de coleta de esgoto é ainda mais discrepante: 97,96% da população nos 20 melhores municípios têm acesso aos serviços, enquanto somente 29,25% da população nos 20 piores municípios são assistidos, diferença de 68,71 pontos percentuais, como é possível ver no quadro abaixo.
  • Um dado que o estudo considerou alarmante é a diferença de 340% no indicador de tratamento de esgoto entre os 20 municípios mais bem posicionados em relação aos 20 piores. Enquanto o primeiro grupo tem em média 80,06% de cobertura, o grupo dos piores oferece apenas 18,21% à população.
  • Dos 20 melhores municípios do Ranking de 2023, oito são do estado de São Paulo, seis do Paraná, um de Minas Gerais, um do Rio de Janeiro, um do Tocantins, um da Paraíba, um da Bahia e de Brasília, no Distrito Federal.
  • Entre os melhores casos, pela primeira vez na história do Ranking do Saneamento, um município obteve nota máxima em todas as dimensões analisadas. Trata-se de São José do Rio Preto (SP)
  • Quando comparado com os relatórios de anos anteriores, a configuração do grupo de melhores e piores nos indicadores de saneamento continua semelhante. Isto é, 18 dentre os 20 melhores seguem nesse conjunto pelo segundo ano consecutivo, algo que também é visto entre os piores, no qual, 17 dentre os 20 piores seguem nessa lista por duas edições seguidas.
Fonte: 15ª edição do Ranking do Saneamento do Instituto Trata Brasil.

 

 

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