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Estado do Rio de Janeiro chega a seis casos confirmados de varíola dos macacos

Por Redação
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A Fiocruz concluiu o sequenciamento genético do vírus que provoca a doença que já atinge 4,7 mil pessoas, pelo mundo
varíola de macaco agência brasil
Em todo o Brasil, são 37 casos confirmados, a maioria em São Paulo. Foto: Ag

O estado do Rio de Janeiro já conta com seis casos confirmados de varíola dos macacos (monkeypox).  Cinco são pacientes da capital, incluindo o primeiro, que veio de Londres para a cidade; e um em Maricá, na região metropolitana do Rio.

O sexto caso foi confirmado na quarta-feira (29) pela Secretaria de Estado de Saúde. Ao todo, 31 casos suspeitos da doença já foram notificados no estado. Oito seguem em investigação e 17 foram descartados.

Em todo o país, segundo informou o Ministério da Saúde nesta quinta-feira (30), os casos confirmados de monkeypox chegam a 37: 28 em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul, um em Minas Gerais e os seis no Rio de Janeiro. Na maioria dos casos, os pacientes chegaram ao Brasil vindos da Europa.

Sequenciamento

A Fiocruz, por meio de sua Rede Genômica, concluiu o sequenciamento genético do vírus monkeypox (MPXV) coletado de uma amostra proveniente do Rio de Janeiro. A técnica permite o detalhamento do DNA do patógeno, contribuindo para um melhor entendimento do atual surto – que já ultrapassa 4,7 mil casos pelo mundo, segundo dados reunidos pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC/EUA).

O sequenciamento foi realizado a partir do vírus detectado em amostras do primeiro caso com resultado positivo analisado pelo Laboratório de Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), chefiado pelo virologista Edson Elias. O laboratório é referência para o Ministério da Saúde para diagnóstico laboratorial de casos suspeitos da doença. O paciente, do sexo masculino, foi atendido no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), em Manguinhos (RJ), em meados de junho.

Por meio da análise por metagenômica, utilizando a tecnologia Illumina, foi possível constatar que o vírus pertence ao clado B.1. Este é o grupo genético com a maior circulação atualmente e responsável pelo surto que já atingiu mais de 40 países. O procedimento — o primeiro realizado a partir de um caso de monkeypox do Estado do Rio de Janeiro — foi conduzido pela Rede Genômica Fiocruz, sob orientação da pesquisadora Paola Resende, do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC.

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Em junho de 2022, o Laboratório de Enterovírus do IOC foi formalizado como referência nacional para monkeypox, ficando responsável por analisar amostras provenientes do estado do Rio de Janeiro e de toda a região Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe).

Seminário

O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) promove o seminário científico “Monkeypox”, no próximo dia 04 de julho, às 14h. O evento terá como palestrantes a Dra. Yeh Li Ho, médica infectologista e consultora nacional da Organização Panamericana da Saúde (Opas/OMS) para Emergências de Saúde, e o Dr. Estevão Portela Nunes, Vice-diretor de Serviços Clínicos do INI/Fiocruz.

Organizado pela Vice-direção de Pesquisa Clínica (VDPC), o seminário contará com a coordenação da vice-diretora, Dra. Rosely Zancopé, e a moderação do pesquisador Dr. Dayvison Freitas. O evento pode ser acompanhado gratuitamente pela internet pelo link https://www.youtube.com/watch?v=l9f2GgaliRI

 

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