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Estado do Rio confirma três ondas de Covid; risco agora é a variante Delta, surgida na Índia

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A Secretaria de Saúde do estado considera que pandemia completou a terceira onda, e que casos e mortes estão em queda
Mapa da Covid em Niterói1
Mapa da Covid em Niterói repete a tendência registrada no estado e aponta a existência de três ondas da doença, tanto em casos (mapa azul) quanto em mortes (em vermelho). Fonte: Secretaria estadual de Saúde

O relatório Cenário Epidemiológico da Covid do governo do estado do Rio é otimista. Destaca a queda de casos, mortes e internações nos 92 municípios. Considera que a doença completou a sua terceira onda e já está fora do pico de contágio. A taxa de ocupação dos hospitais, depois das filas de na rede do SUS em maio e junho, atualmente é de 35% nos leitos e 56 nas vagas de UTI reservadas para doentes de Covid. Em 29 cidades, não houve registro de mortes na última semana. Mesmo assim, os riscos permanecem. Especialmente, com a circulação detectada no estado da variante Delta do coronavírus, surgida na Índia.

Diz o relatório: “A recente detecção da transmissão comunitária da variante indiana Delta aponta para o risco de um novo aumento na transmissão. É preciso, portanto, reforçar a necessidade do avanço da campanha de vacinação, para atingir a imunização completa (duas doses ou dose única), e manter as medidas de prevenção e controle, como uso de máscara, álcool gel e distanciamento social.”

As três ondas da Covid

O relatório considera a ocorrência de “três ondas de casos confirmados de COVID-19 no estado.”

A 1ª onda foi a que apresentou maior registro de óbitos e menor de casos, entretanto, foi o começo da pandemia (abril/maio de 2020), quando se priorizou a notificação de casos graves/internações e óbitos e havia menos exames diagnósticos disponíveis. Destacou-se a SE 18 (26/04 a 02/05/2020), quando se atingiu pico do número de notificações, com maior número de casos (18.867), internações (4.383) e óbitos (2.213).

Já na 2ª onda (novembro/dezembro de 2020) houve elevada oferta de exames e o número de casos foi maior; porém, houve redução de óbitos e internações, sugerindo uma menor gravidade em função da variante P2, que predominou no período. Destacou-se a SE 49 (29/11 a 05/12/2020), quando o pico do número de notificações foi atingido, com maior número de casos (32.748), internações (3.393) e óbitos (1.346).

A 3ª onda (março/abril de 2021) teve predomínio da variante P1 e mostrou redução do número de casos em relação à 2ª onda, contudo, apresentou aumento da gravidade com novo crescimento de internações e óbitos. Destacou-se a SE 11 (14/03 a 20/03/2021), quando o pico do número de notificações foi atingido, com maior número de casos (26.407), internações (4.528) e óbitos (1.824).

A variante Delta

Em janeiro de 2021, poucos municípios tinham identificação da variante circulante e somente as variantes B.1.1.7, P.1 e P.2 foram encontradas. Tanto o número de municípios quanto a detecção das variantes foram aumentando ao longo dos meses e, em abril de 2021, foram detectadas as variantes circulantes em todas as regiões do estado, com presença de B1.1.7, P1.2, B1.1.33, P.2 e P.1. A Gama (P.1) foi a variante predominante em todos os meses de 2021. No último mapa, já se observou a presença da variante Delta no estado.

Vacina e máscara

O relatório estabelece, nas considerações finais, que “o cenário atual é de queda na transmissão, com redução da curva na 3ª onda do estado do Rio de Janeiro. Entretanto, a redução está sendo gradativa. A letalidade de todas as regiões se reduziu nos últimos meses. O número de internações nas faixas etárias mais elevadas caiu como efeito da alta cobertura de vacinação nessas faixas. A recente detecção da transmissão comunitária da variante indiana Delta aponta para o risco de um novo aumento na transmissão. É preciso, portanto, reforçar a necessidade do avanço da campanha de vacinação, para atingir a imunização completa (duas doses ou dose única), e manter as medidas de prevenção e controle, como uso de máscara, álcool gel e distanciamento social.

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