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Essa é uma pergunta que está na pauta de todos os cidadãos que estão envolvidos direta ou indiretamente com os estudantes. Pais, professores, alunos, médicos, gestores têm uma opinião sobre o assunto, mas a pergunta que deve estar na pauta é: quem fez o dever de casa em relação ao Covid-19?
O Brasil, com seu tamanho e dimensões continentais, vive um pandemônio em relação à pandemia. E o dever de casa no que tange às ações políticas articuladas e a orientações retas para o comportamento do cidadão não ocorreram de modo claro, promovendo tranquilidade nas informações transmitidas. Nessas horas devemos voltar a atenção ao nosso território, nossa cidade, para que possamos agir localmente.
Niterói desenvolveu um plano articulado, se comunicou com a população de modo transparente compartilhando as ações e anunciando passo a passo os seus dados. Criou as DIRETRIZES PARA A CONSTRUÇÃO DOS PLANOS LOCAIS E DE RETORNO ÀS ATIVIDADES PRESENCIAIS DA EDUCAÇÃO MUNICIPAL DE NITERÓI. Esse documento construído por muitas mãos contou com a participação efetiva da Secretaria Municipal
de Educação, Secretaria Municipal de Saúde a partir de análise de protocolos de Portugal, França e Espanha, além de documentos da UNDINE, do CONSED, além de recomendações feitas pela OMS, Fiocruz e Anvisa.
Determinou que cada escola deve ter seu Plano de Ação local (por escola), que deve ser divulgado de modo público para que toda a comunidade tenha ciência. Tal documento elucida e traz segurança à comunidade, indicando o quanto Niterói fez o seu dever de casa.
A proposição do retorno das atividades tem sido gradual, analítica e está chegando a hora de a escola voltar. Afinal, educação e cultura são as duas últimas áreas a retornar. O retorno das escolas estará pautado de modo gradativo. Primeiro os mais velhos e, consecutivamente, os outros grupos, se os números da pandemia em nossa cidade permitirem.
O Sinepe já manifestou, representando os seus associados, que as escolas privadas de Niterói estão prontas para o retorno aguardando o sinal dos órgãos oficiais. Os pais e familiares terão a opção de escolher se desejam ou não o retorno, podendo permanecer a distância. Para as famílias poder escolher é uma opção confortável. Nossa escola está pronta para oferecer o mesmo serviço para quem estiver presente e para quem desejar permanecer em casa.
O que devemos alertar é que a questão de saúde atual é generalista e não se refere apenas à saúde do Covid-19, mas também indicamos a necessidade de analisar o impacto emocional que tem gerado o afastamento dos alunos por mais de 180 dias consecutivos da escola.
Nesses casos estamos apontando a necessidade do retorno por conta do bem-estar e saúde mental dos alunos que, em geral, apresentam sintomas silenciosos, não tão evidentes quanto ao Covid-19, mas necessários de serem levados em conta no contexto atual.
Os adolescentes manifestam suas angústias e os pais compartilham os dilemas que vêm enfrentando. A escola, que vem acompanhando de perto seus alunos, sabe bem o processo e a dimensão do alargamento do tempo de isolamento. Vale ressaltar que a importância do retorno não se refere ao conteúdo ou à aprendizagem que a escola irá promover. Isso nós fomos muito bem-sucedidos a distância. Fizemos uma boa escola online.
Frente às adversidades, nos reinventamos. Nos colocamos à prova e tivemos êxito. Tudo isso não é uma situação fácil e nem tampouco pode ser reduzida a um posicionamento de que não retornar à escola é uma opção pela vida. Vida tem um sentido amplo e instituições educacionais apresentam em seus princípios sua preservação física e emocional. Por tudo isso, compartilho aqui a posição do grupo que nos representa: “o Sinepe e as escolas associadas prezam pela vida e acreditam que as aulas presenciais serão benéficas sócio emocionalmente a todos, sobretudo aos alunos. ”
Estamos prontos e esperando o sinal amarelo de retorno!
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