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O Theatro Municipal de Niterói abre a temporada de 2023, na sexta-feira (10), homenageando as mulheres, com uma curta temporada do espetáculo “Elas Brilham Doc. Musical”. A apresentação reúne no palco sete artistas mulheres que promovem ao público uma viagem no tempo através da música, como a era de ouro do rádio brasileiro, transitando por gêneros como MPB, samba, jazz, rock e blues, até chegarem aos dias atuais com o pop de Anitta, Iza e Beyoncé. O formato do espetáculo foi montado especialmente para o Municipal.
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O espetáculo abrange do soul de Aretha Franklin ao rock de Rita Lee e Tina Turner; do talento de Elis Regina às composições autorais de Dona Ivone Lara; da voz eterna de Whitney Houston ao pop da Madonna; do feminejo de Marília Mendonça às novas vozes que continuam a iluminar o mundo.
O roteiro deste doc. musical apresenta uma cronologia histórica de lutas e conquistas que vão de Lilith (mito da primeira mulher de Adão) à Anitta. Toda a costura no palco é feita por meio de recursos audiovisuais com dados históricos, recortes de reportagens e gravações da época.
No espetáculo, a música é a grande protagonista, portanto não apresenta a biografia de nenhum artista, porque o olhar está no coletivo, no grupo, numa época. O DOC.MUSICAL é a experimentação de um novo gênero cênico que une ferramentas do documentário, teatro e música para contar a história dos grandes momentos da humanidade.
O uso do material de arquivo (fotos, vídeos e depoimentos reais) somado a cenas, textos e canções cantadas ao vivo pelas atrizes é um dos recursos adotados para que o público tenha a oportunidade de reviver fatos históricos. Também é útil para descobrir a verdadeira origem das músicas de sucesso da época, como elas surgiram, em que contexto foram criadas e como afetaram a vida do artista e da geração que o acompanhou.
Em “Elas Brilham – Vozes que iluminam e transformam o mundo – Doc.Musical”, o formato foi pensado pois a história da humanidade, registrada em livros e ensinada nas escolas, é em grande parte contada a partir do ponto de vista masculino. As mulheres raramente estão em foco, apontando sempre os homens para que sejam vistos como exemplo e como única fonte capaz de revoluções ou conquistas. Por isso, o espetáculo propõe uma nova narrativa histórica que tem as mulheres como protagonistas, inovadoras, pioneiras e transformadoras do mundo e da música.
Nos anos 30 e 40, na Era de Ouro da Rádio no Brasil, Ângela Maria, Carmem Miranda e as cantoras da rádio enfrentaram o preconceito por serem artistas quando a profissão não era considerada decente e brilharam. Vozes modernistas como a de Bertha Lutz foram importantes na conquista de direitos básicos como o direito ao voto feminino.
O Jazz/Soul/Blues com Aretha Franklin, Ella Fitzgerald, Nina Simone, Etta James e Sarah Vaughan apresenta os movimentos de mulheres negras na conquista de direitos civis no mundo.
A mulher que deu origem ao rock and roll, Sister Rosetha, Janis Joplin, Wanderlea, Rita Lee, Marina Lima, Cássia Eller, Annie Lenox, Tina Turner desconstroem padrões do papel feminino e enfrentam as mais diversas tentativas de domar, castrar e padronizar o comportamento das mulheres.
No Samba, Elza Soares, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus, Alcione, Clara Nunes, Beth Carvalho e Jovelina Pérola Negra resgataram o poder ancestral da força divina das mulheres e dominaram o gênero musical que antes era exclusivo dos homens.
Na MPB, Elis Regina, Gal Costa, Maria Bethânia, Baby do Brasil, Fafá de Belém, Sandra de Sá e muitas outras artistas provam que com sua voz ser mulher no Brasil já é um ato político. Conquistas como a pílula anticoncepcional, o divórcio e a delegacia da mulher possibilitaram um avanço nos direitos femininos.
O movimento da Disco Music com Donna Summer, Gloria Gaynor e Frenéticas, a Era do Brilho, época em que as mulheres auto afirmar-se frente à sociedade machista e utilizaram-se de figurinos sexy e luxuosos para demonstrar também a sua importância e seu esplendor para todos que as discriminam.
No Pop Music, Madonna, Beyoncé e muitas outras conquistam o topo da indústria musical, com salários milionários, vendas estratosféricas e mostram ao mundo que mulheres podem e devem ser poderosas, chefes, líderes, livres e escreverem suas próprias histórias.
Os gêneros forró com Elba Ramalho, o axé com Margareth Menezes, Ivete, Claudia Leitte, o funk com Fernanda Abreu, Tati Quebra Barraco, Luísa Sonza, Anitta, o feminejo com Simone e Simaria, Maiara e Maraísa, Naiara Azevedo e Marília Mendonça provam que as mulheres conquistaram o sucesso e dominam as paradas em gêneros musicais que antes eram exclusivamente masculinos. Mulheres devem ocupar todos os espaços.
Sabrina Korgut – Atriz, cantora, bailarina e recentemente foi indicada como melhor atriz em teatro musical pelo prêmio Cesgranrio de 2022, pela sua atuação em Barnum. Na Tv Globo, participou da novela “O Sétimo Guardião”, do humorístico “Pé na Cova”, com a personagem “Adenoide” e 220volts, ao lado de Paulo Gustavo no quadro Guto e Rita.
Ivanna Dommenyco – Participou de grandes musicais como “Cole Porter” e “Ela nunca disse que me amava”. Também fez a minissérie “Chiquinha Gonzaga”, a novela “Kubanacan” e o programa “Você Decide”, além outros grandes e representativos trabalhos.
Jullie – Cantora, compositora, atriz e dubladora. Participou da segunda edição do programa “The Voice Brasil” tendo sido aprovada para integrar o time de Claudia Leitte com sua canção autoral “Gasolina”.
Ester Freitas – Em 2015, começou fazendo espetáculos infantis e logo entrou de vez para o mercado com a turnê do musical “S’imbora – o musical de Wilson Simonal”. Daí em diante, passou a investir no teatro musical e participou de produções como: 60 doc. “Musical, Beatles” “Num Céu de diamantes”, “Dancin Days” e a “A Cor Púrpura”.
Débora Pinheiro – No teatro musical, a cantora já foi protagonista em diversos casos de sucesso como o som da Motown, relembrando 50 sucessos da famosa gravadora que revelou artistas negros como Michael Jackson, The Supremes, Marvin Gaye, Stevie Wonder, entre outros.
Ludmillah Anjos – Cantora e atriz, no auge dos seus 30 anos. Natural de Salvador, Bahia. O Brasil se rendeu ao seu talento em 2012, quando ela tornou-se uma das grandes revelações do “The Voice Brasil”, sendo umas das finalistas e representando o time do conterrâneo Carlinhos Brown.
Ana Pimenta – Cantora, atriz e dubladora. Fonoaudióloga (UFRJ) Pós-graduada em voz pelo CEV-SP. Em 2011 estreou nos grandes musicais. como:A Cor Púrpura (2019), Vozes Negras – A força do Canto Feminino (2022), Beatles Num Céu de Diamantes (2011-2022), Cole Porter – Ele nunca disse que me amava (2019), 60! Década de Arromba (2016), Bibi – uma vida em Musical (2017), entre muitos outros. Em 2016 participou do ROCK IN RIO LISBOA.
Datas: 10 a 12 de março (sexta a domingo)
Horários: Sexta às 20h, Sábado às 16h e 20h e Domingo às 16h
Duração: 140 min
Classificação etária: 12 anos
Ingresso: Plateia R$ 150; Frisas; R$ 120; Camarotes; 1º balcão R$ 100; Camarotes 2º balcão; R$ 80 e Galeria R$ 60.
Local: Theatro Municipal de Niterói
Endereço: Rua Quinze de novembro, 35, Centro, Niterói
Telefone: 3628-6908
BILHETERIA
Vendas pela Sympla ou ingressos à venda na bilheteria do teatro – aceita dinheiro, cartões de crédito/débito e Vale Cultura
Horário de Funcionamento:
Dias com espetáculo – Quarta a domingo, das 14h até o início do mesmo.
Dias sem espetáculo – Quarta a sexta, das 14h às 18h.
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