8 de maio

Niterói por niterói

Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Publicado

Espetáculo ‘Bamberê’ chega a Niterói e celebra negros, indígenas e periféricos

Por Redação
| aseguirniteroi@gmail.com

COMPARTILHE

Grupo paranaense reflete sobre identidade, pertencimento e sustentabilidade; Peça terá exibição única neste sábado, no Sesc Niterói, com entrada franca
Grupo Bemberê
Bamberê foi encontrada pelo grupo em um dicionário de línguas africanas. Foto: Divulgação

Teatro, música ao vivo, dança e brincadeiras se encontram no palco no espetáculo “Bamberê”. Realizado pelo Grupo Baquetá, coletivo de Curitiba, formado por artistas negros e indígenas, o espetáculo valoriza a cultura das periferias, do povo preto e dos indígenas.

Leia mais: ‘O niteroiense é afetuoso’, diz Diogo Vilela que volta a Niterói com “O Bem Amado”

A peça terá exibição única neste sábado (10), às 16h, no Sesc Niterói, com entrada franca, e é voltada para crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos, mas também para toda a família.

Mais do que entreter, “Bamberê” cumpre um papel educativo. Foto: Divulgação

Identidade e diversidade

No universo lúdico de “Bamberê”, a brincadeira é ponto de partida para reflexões sobre identidade, pertencimento e respeito à diversidade.

— A principal mensagem é que a gente não precisa de muito para brincar. A brincadeira nos leva para vários mundos possíveis. E que todas as infâncias — negras, indígenas, periféricas — são legítimas, bonitas e cheias de potência — reflete Kamylla, idealizadora do espetáculo.

Bamberê: significado

“Bamberê” é como as avós amazônicas chamam suas canções de ninar. Uma palavra encontrada pelo grupo em um dicionário de línguas africanas.

— Todos os trabalhos do Baquetá têm nomes africanos ou indígenas e este não poderia ser diferente. Criamos o espetáculo pensando em crianças de uma região periférica de Curitiba, onde muitos pais trabalham com reciclagem — explica.

Grande parte dos bonecos e instrumentos musicais foram feitos com materiais reciclados, conectando o universo infantil ao debate ambiental sobre sustentabilidade.

— Queríamos mostrar que é possível transformar materiais do dia a dia em diversão.

No espetáculo, brincadeiras populares, como as vividas por crianças do interior e das periferias urbanas, convivem com ritmos afro-brasileiros urbanos, como coco, funk e rap. Todas as músicas e histórias são autorais, construídas a partir das vivências dos próprios artistas do grupo.

— A gente queria falar da roça, então fomos até ela. Queríamos falar da água, então tomamos um banho de cachoeira. As músicas nasceram assim, da experiência direta com o mundo. Eu, por exemplo, moro na Mata Atlântica, em Morretes, e muitos integrantes do grupo têm esse contato diário com a natureza — conta a idealizadora.

O espetáculo propõe reflexões, tendo em vista tanto o olhar das crianças quanto dos adultos. “Em cada cena a gente vai adentrando temas específicos sobre a nossa sociedade, que vão acessando o público de diferentes formas de acordo com a faixa etária”, explica.

Além do entretenimento, “Bamberê” cumpre um papel educativo, alinhado às Leis 10.639/03 e 11.645/08, que tornam obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena nas escolas.

O espetáculo amplia o repertório da plateia através da diversidade cultural e patrimônio histórico de diferentes povos brasileiros.

O projeto é realizado através do Edital de Cultura Sesc RJ Pulsar, iniciativa do Sesc RJ, que incentiva a produção artística e cultural em suas diversas manifestações.

Serviço:

Data: Sábado, 10 de maio

Horário: 16h

Local: Sesc Niterói

Endereço:  Rua Padre Anchieta, 56 – São Domingos, Niterói.

Ingresso: Gratuito

Duração: 60 min

Classificação: Livre

COMPARTILHE