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Especialista do Hospital Antônio Pedro, em Niterói, alerta para o aumento de casos de rinite alérgica no inverno

Por Redação
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Alergista e imunologista do Huap, Daniella Moore explica a relação entre a doença e a estação e dá dicas de como se prevenir das doenças
rinite
Clima frio e seco, característicos do inverno, pioram a rinite alérgica. Foto: Divulgação

Com a chegada do inverno, é comum o aumento da incidência de doenças respiratórias e alérgicas. É o clima seco e o ar frio, que podem ser irritantes para a via respiratória, os principais responsáveis por isso, como informou a alergista e imunologista do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), Daniella Moore.

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– Ao contrário do verão, onde as pessoas circulam mais em ambientes externos, no inverno há uma procura maior por ambientes fechados, o que leva à aglomeração e maior transmissibilidade de vírus. As infecções virais são importantes gatilhos e agravantes das crises de asma e rinite – explicou.

Além disso, como lembrou a especialista, nessa época do ano, as pessoas acabam mais expostas aos ácaros da poeira, “residentes” nos casacos e cobertores que ficam guardados na maior parte do tempo. Lavar tudo antes de voltar a usá-los é uma providência simples que ajuda bastante na prevenção das crises alérgicas.

Rinite alérgica

As alergias podem se manifestar de várias formas e atingir diferentes partes do corpo, dentre elas as vias respiratórias. A rinite alérgica, especificamente, é uma condição na qual ocorre uma inflamação da mucosa nasal desencadeada por aeroalérgenos que costuma se manifestar com espirros, coriza hialina, obstrução ou congestão nasal e prurido (coceira) nasal.

De acordo com Daniella, esses sintomas são comuns a outros quadros, como resfriados, por isso mesmo, para um diagnóstico correto, é necessário observar a história clínica do indivíduo, além de realizar exames e testes alérgicos.

Segundo a especialista, o tratamento possui três pilares. O primeiro é composto por produtos à base de soro fisiológico que visam à limpeza nasal; o segundo são os medicamentos de manutenção, “aqueles que tratam a mucosa nasal e modulam o sistema imune para que a pessoa não fique tão suscetível a crises”; e o terceiro são medicamentos que tratam a crise e têm na sua composição anti-histamínicos.

Cuidados

A imunologista observou que crises de rinite alérgica podem ser evitadas com cuidados simples com a saúde, tais como: evitar fumar, alimentação saudável, atividades e exercícios ao ar livre e carteira de vacinação em dia. Além disso, enfatizou que o acompanhamento médico regular é importante, “por se tratar de uma doença crônica”:

– Embora não seja uma condição que costume estar associada à mortalidade, salvo em raríssimas exceções, a rinite alérgica traz bastante morbidade, atrapalhando as atividades diárias, o sono e gerando faltas no trabalho e na escola.

Além disso, alertou para o perigo da automedicação, “que pode levar a tratamentos parciais, efeitos colaterais indesejados e a recidivas frequentes”.

Daniella lembrou também que, embora a emissão de partículas poluentes não costume aumentar no inverno, é comum ocorrer, nesta estação do ano, um fenômeno chamado de inversão térmica – típico de dias mais frios, nos quais os raios solares estão mais fracos e a superfície terrestre aquece menos o ar:

– Assim, o ar frio fica estático, recoberto por uma camada de ar quente que bloqueia a camada de ar frio e mantém a poluição concentrada no ar que respiramos. Por isso embora seja necessário conscientização para evitar ao máximo a emissão de poluentes o ano todo, no inverno a via respiratória pode se ressentir mais de sua presença.

Dicas

Confira algumas mudanças no cotidiano, sugeridas pela especialista, que ajudam a combater os processos alérgicos:

– Dê preferência para a limpeza de casa com pano úmido, sem vassouras ou espanadores. Caso prefira, pode usar aspirador de pó.

– Se possível, afaste-se do ambiente que está sendo limpo.

Conserte focos de infiltração e umidade.

Evite tapetes, carpetes e cortinas pesadas. Combata o mofo, baratas e ratos.

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