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Especialista critica Prefeitura no desabamento do palco e queda da árvore de Natal

Por redação
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Professor de estratégia e Segurança da UFF, Márcio Malta cobra ação da Prefeitura para evitar riscos na montagem de shows
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Árvore que caiu em São Francisco foi montada pela mesma empresa que fez o palco que tombou em Icaraí. Foto: arquivo

A queda  da árvore de Natal de São Francisco, pouco menos de um mês depois do desabamento do palco dos 450 anos de Niterói, em Icaraí, mereceram críticas de especialistas que trabalham com a gestão de riscos. O professor adjunto do curso de graduação em Relações Internacionais da Universidade Federal Fluminense (Inest/Uff), e professor da Pós-graduação em Estudos Estratégicos da Defesa e  Segurança (PPGEST/Uff), pesquisador do Inct-Ineac, Márcio Malta. foi um dos que cobraram explicações da Prefeitura. Mais responsabilidade, melhor gestão e, sobretudo, mais respeito com o cidadão. Veja o depoimento dele:

“No espaço de menos de um mês a cidade de Niterói presenciou a queda de duas estruturas metálicas de grande porte.
No primeiro episódio, após ventos fortes o palco preparado para o show de Marisa Monte na praia de Icaraí caiu pouco antes do espetáculo. Por sorte ninguém ficou ferido.

O ocorrido poderia ter servido como parâmetro para o Executivo ser mais zeloso ao montar novos equipamentos. Porém, a prudência não foi a tônica e a mesma empresa que montou o palco foi designada para armar a já tradicional árvore de natal de São Francisco.
Nova queda, antes mesmo de sua inauguração e com o agravante de não ter intempéries climáticas. Mais uma vez sem nenhum ferido. Contudo, até quando a Prefeitura de Niterói vai contar com a sorte, em vez de agir de forma virtuosa e precavida como recomendava o pensador Maquiavel aos governantes.

Para completar os festejos, foi montado um palco no Campo São Bento que não respeita a lei sonora. Ali existe uma farta vizinhança de idosos e pessoas acamadas, ou simplesmente de pessoas que querem ter o seu direito de descansar ou trabalhar em seus lares. Além de pessoas autistas ou com maior sensibilidade ao barulho, caso também dos portadores da Síndrome de Down. Sem contar o estresse causado a animais domésticos ou a própria fauna do local. Todos os anos o mesmo se repete. Ao serem acionadas, as autoridades da Fundação de Artes, responsável pelo evento, fizeram ouvidos moucos, ou seja, não querem ouvir a população. A responsividade do poder público é uma característica fundamental da democracia e do exercício público. Cabe às urnas o julgamento de tanta inércia e incompetência.”

Márcio Malta

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