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Niterói encolhe, segundo o Censo do IBGE, mas o mercado imobiliário continua intenso. Foram feitas 5.337 transações em 2023, de acordo com publicação da SPIN, baseada em dados da Prefeitura, no valor de R$ 3,9 bilhões. Apesar do aumento das ofertas em bairros de ocupação nova como Charitas, e no Centro da cidade, maior projeto urbano do governo, Icaraí concentrou 25% dos negócios. O bairro já tem cerca de 80 mil moradores.
Os bairros com maior volume de imóveis comercializados, na sequência, foram: Centro, 10%; Santa Rosa, 10% e Fonseca, 6%, curiosamente as áreas com a maior concentração de imóveis abandonados. Segundo o Censo, Niterói tem 35 mil endereços sem destinação; não estão ocupados por moradores, não estão destinados a aluguel, tampouco entram na categoria de veraneio – boa parte em áreas da cidade deteriorados pelo abandono e pela violência. Piratininga e Itaipu registraram 4% das transações; e São Francisco, 3%; e Camboinhas, 3%.
Os dados do mercado imobiliário mostram que a ocupação da cidade é cada vez mais vertical. Cinquenta e quatro por cento dos imóveis negociados no ano passado foram apartamentos de uso residencial, apesar das grandes áreas disponíveis em Pendotiba e na Região Oceânica. As casas representaram apenas 14% das transações. Estes números podem ficar ainda mais concentrados com o novo plano de zoneamento, que prevê a construção de prédios de até 20 andares em áreas antes protegidas por gabaritos menores, como Charitas e Região Oceânica.
Imóveis reservados à ocupação comercial, tais como salas e lojas, representaram 11,5% do total das vendas.
A surpresa nos indicadores se deve ao aumento de imóveis comercializados no Centro, depois de anos de abandono da região, agora na mira do projeto de revitalização da Prefeitura, com a autorização para a construção de prédios de 20 andares na orla, no Caminho Niemeyer.
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