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O modelo de operação das barcas Rio-Niterói deverá ser revisto no estudo encomendado pelo governo do estado à Coppe-UFRJ. O modal, fundamental para o deslocamento dos moradores e Niterói e também de São Gonçalo para o trabalho no Rio foi o que, proporcionalmente, mais perdeu desde a pandemia.
A operação está à cargo da CCR barcas, que anunciou desde o ano passado que não pretende mais disputar a concessão do serviço, mas negociou com o governo Claudio Castro a prorrogação do contrato até a realização de nova licitação e a entrada de uma nova empresa, provavelmente, apenas em 2025.
De 2019 até 2023, as barcas que fazem a travessia da Baía de Guanabara, perderam cerca de meio milhão de passageiros. De acordo com uma pesquisa do Programa de Engenharia de Transportes (PET) da Coppe/UFRJ, o serviço aquaviário transportou 1.187.989 pessoas em 2019; em 2023, até o momento, o número de passageiros estava em 747.876, o que representa uma queda de 440.113 passageiros ou 37% no movimento.
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Proporcionalmente, foi o modal que mais perdeu usuários, no período. O estudo apontou que os ônibus, campeões de passageiros, tiveram uma redução de cerca de 30 milhões de usuários, o que representa uma queda de 25% no movimento. Já os trens perderam 35% de usuários, ou cerca de 2,6 milhões de pessoas.
Segundo a pesquisa da Coppe, uma das razões apontadas por aqueles que mudaram a forma de deslocamento foi a pandemia. As três principais são o desemprego (23,61%), a mudança de local de destino (19,61%) e a adoção de regime híbrido ou remoto de trabalho (19,35%).
A queda do uso do transporte público em geral, de acordo com o estudo, caiu de 147 milhões para 115 milhões (21,7%), em média, por mês, de 2019 (antes da pandemia) para 2023.
O estudo foi feito a partir de pesquisa com 4.323 entrevistados de 14 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Desse total, 14,53% alteraram a forma de se deslocar.
Os pesquisadores defenderam a implementação de melhorias no transporte público como um dos princípios para tornar a mobilidade mais sustentável e reduzir os congestionamentos.
Fonte: O Globo
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