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Se a queda precoce do Brasil ainda dói, dói, dóóói, pelo menos resta um sul-americano para se torcer na Copa do Mundo. Pela sexta vez na história, a Argentina vai entrar em campo para disputar uma final da competição. Os hermanos de Messi, Julián álvarez e cia. vão enfrentar a atual campeã França neste domingo, às 12h, no estádio Lusail, no Catar, em busca do tricampeonato mundial.
A arte dos vizinhos latinos, porém, não se limita aos campos de futebol. Em Niterói, o Museu de Arte Contemporânea (MAC), na Boa Viagem, já está azul e branco, isto é, metaforicamente. O MAC expõe um recorte da Colección Oxenford na mostra “Un lento venir viniendo – Capítulo I”, fruto de uma paixão do empresário e colecionador argentino Alec Oxenford pela arte contemporânea do seu país. A Colección Oxenford é uma das principais coleções de arte contemporânea do país. No MAC Niterói poderá ser visitada até 26 de fevereiro de 2023.
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Composta por 38 artistas argentinos, a coleção de 57 obras fica exposta até 26 de fevereiro de 2023. No acervo, os artistas apresentam uma diversidade de linguagens, como pinturas, fotografias, vídeos, instalações visuais e sonoras, performances, esculturas, colagens e publicações.
Com organização da produtora cultural Act., dirigida por Fernando Ticoulat e João Paulo Siqueira Lopes, a curadoria da exposição ficou a cargo do poeta e curador argentino Mariano Mayer.
Cada capítulo da exposição contará ainda com uma publicação inédita que apresentará um ensaio de Mayer, ao lado de um texto de um curador da cena local, ambos produzidos exclusivamente para a ocasião: Pablo Lafuente, diretor artístico do Museu de Arte Moderna (MAM) Rio, assina o texto sobre as relações entre arte e pedagogia, publicado no contexto do MAC Niterói.
A classificação do evento é livre, e os ingressos custam a partir de R$ 6 na bilheteria do local. O museu funciona de terça a domingo, das 10h às 18h.
Realizado via Lei de Incentivo à Cultura, a expografia conta com painéis planejados por Miguel Mitlag, Sebastián Gordín e Mariana Ferrari, artistas da Colección Oxenford.
Dá destaque também para obras de artistas contemporâneos da Argentina, como: Guillermo Kuitca, Julio Le Parc, Alejandra Seeber, Marcelo Pombo, Fernanda Laguna, Diego Bianchi, Claudia del Río, David Lamelas, Valentina Liernur, Juan Tessi, Karina Peisajovich, Eduardo Navarro, Silvia Gurfein e Alberto Goldenstein.
Este é o primeiro ato de um projeto itinerante que também será apresentado no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, e na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, ao longo de 2023.
Cada capítulo vai exibir uma seleção diferente de obras da Colección Oxenford, onde cada caso terá uma proposta curatorial inspirada por um episódio emblemático do contexto cultural local, fortalecendo o diálogo entre os cenários artísticos brasileiro e argentino.
Nesse primeiro momento, Niterói mostra obras que falam sobre a cidade e as formas do urbano, os espaços de sociabilidade artística, a literatura e as outras artes, a pintura como matriz e como problema, os vínculos afetivos e as formas de desaprendizagem.
Esses destaques são como chaves para pensar as formas adotadas pelos vínculos de influência na arte contemporânea argentina.
Cofundador da OLX e da letgo, Alec Oxenford é um empresário argentino residente no Brasil. É grande colecionador e membro ativo de comunidades internacionais em prol das artes latino-americanas. Entre 2013 e 2019, dirigiu a Fundación ArteBA. Atualmente, é membro do Acquisition Committee do MALBA e da Latin American and Caribbean Fund (LACF) do MoMA.
Natural de Buenos Aires, Mariano Mayer tem 41 anos, é poeta e curador independente. Entre seus últimos projetos como curador, figuram Táctica Sintáctica. Ele também publicou Fluxus Escrito (Caja Negra, Buenos Aires, 2019), Justus (Ayuntamiento de Léon, 2007) e Fanta (Corregidor, Buenos Aires, 2002). Dirigiu o programa em torno da arte argentina: “Una novela que comienza” (CA2M, Móstoles, 2017).
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