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Deuler da Rocha: ‘O número de Secretarias vai cair à metade’

Por Por Silvia Fonseca

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Delegado da Polícia Federal é candidato do PSL a Prefeito de Niterói
Deuler da Rocha em sua casa: ele disse que seria injusto escolher um lugar preferido apenas em Niterói

O Delegado da Polícia Federal Deuler da Rocha, de 57 anos, já enfrentou algumas batalhas e não foi diferente agora para ser o candidato do PSL a Prefeito de Niterói. Também brigava para ser o cabeça da chapa o deputado federal Carlos Jordy, líder do grupo bolsonarista na cidade e que tem o apoio da família do presidente Bolsonaro. Mas a disputa pelo controle do PSL deixou Jordy escanteado e, num acordo com o também deputado federal Felício Laterça (PSL), o grupo de Deuler conseguiu a legenda e fechou aliança com o Republicano de Alexandre Ceotto, o vice.

Está indo para sua primeira eleição majoritária com o grupo bolsonarista rachado na cidade. Ele usa na internet o bordão “Chame o síndico”. Tem como bandeiras melhorar a mobilidade urbana, combater a corrupção e enxugar a máquina pública.

Deuler nasceu na maternidade São Lucas, que hoje é o Hospital são Lucas, na Roberto Silveira. Morou em São Francisco, Icaraí, Ingá, Bairro de Fátima, Santa Rosa e Fonseca. Hoje vive novamente no Ingá. Estudou no Liceu Nilo Peçanha e é formado em Direito pela UFF.

É Delegado da Polícia Federal há 24 anos, sendo os seis últimos na delegacia de Niterói. Fui superintendente da PF no Amazonas e no Amapá, e chefiou o Conselho de Segurança do Meio Norte, a Interpol e as delegacias de Repressão a Entorpecentes, de Crime Organizado e Inquéritos Policiais, de Crimes Contra o Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e Cultural, e Marítima, Aérea e de Fronteira. Ocupou ainda o cargo de técnico processual na Procuradoria da República, para o qual passou por concurso público antes de ir para a PF.

A Seguir Niterói: Por que o senhor quer ser prefeito de Niterói? O que, por sua formação, pode fazer pela cidade?

Deuler da Rocha: Eu atendi a um convite do deputado federal Felício Laterça, do PSL, que sempre acompanhou minha vida profissional. Se aliou a isso o fato de ter vivido toda a minha vida na cidade. Aqui nasci, estudei, namorei, casei, fui pai, me envolvi com o esporte da cidade. Com exceção de breves momentos em que estive trabalhando fora da cidade.

Outro fato a ser considerado é que sempre fui um estudioso das questões que envolvem a cidade. Então, depois de ter atuado na iniciativa privada, também como advogado na cidade, como funcionário da Procuradoria da República durante quatro anos e como delegado da Polícia Federal há quase 25 anos, acho que detive, com essa experiência, uma capacitação que eles estavam procurando para exercer a função de Prefeito com eficiência.

Não sou político, sou gestor, e ao aceitar esse chamado vejo a oportunidade de retribuir para Niterói tudo o que essa cidade me deu. Estudei a maior parte da minha vida em colégios públicos da cidade, fiz universidade pública, atuei em grande parte da minha vida no setor público. Então está na hora de eu restituir alguma coisa.

Qual seu principal projeto? Que marca gostaria de deixar para a cidade?

Existem três projetos que se destacaram no momento em que nós estávamos conversando com as pessoas nas ruas e com os profissionais, avaliando as questões que a cidade apresentava como prioridade. Não o Prefeito, não o candidato a Prefeito, não o profissional gabaritado, mas um conjunto de pessoas.

Temos um plano de mobilidade urbana para trocar parcialmente pneu por trilho, um plano para manutenção dos jovens na escola, não só a partir de cultura e esporte, mas com a criação e manutenção dos galpões profissionalizantes. Há também um projeto para que tenhamos internet no ambiente urbano, como acontece hoje em algumas cidades do Brasil e em quase todas dos Estados Unidos e da Europa. No Brasil, sobretudo nos estados de São Paulo e Paraná com mais eficiência, a internet é gratuita no ambiente público. É um projeto que, para o município, exige um custo relativamente barato e gera um conforto e uma tranquilidade para a população, especialmente a população mais jovem. E isso nós vamos oferecer, pois é uma tendência mundial, e temos que oferecer isso aos nossos, cobrindo a cidade toda.

O que estiver dando certo será mantido, e tudo que sinaliza um caminho para corrupção será totalmente extinto. O número de secretarias vai cair, pelo menos, pela metade, pois não há como um município do tamanho de Niterói ter mais de 50 secretarias. Isso é um escárnio com a cara do cidadão, e isso vai acabar no primeiro segundo, do primeiro minuto, da primeira hora.

Qual seu lugar favorito em Niterói? A melhor expressão da cidade ou o seu refúgio?

Não há local preferido, eu acho que preferir um local dentro da cidade é uma visão de turista, isso não compete a um cidadão da própria cidade. Eu gosto da cidade inteira. Niterói tem lugares belíssimos, e não tenho predileção por nenhum lugar. Porque alguns lugares você tem predileção pela beleza do lugar, outros lugares você tem predileção pela população local, então cada lugar tem seus encantos e suas agruras. Eu gosto da minha cidade como um todo. Eu prefiro Niterói.

Quem estará no governo com o senhor? O assessor, o colaborador mais próximo, a pessoa de confiança, o primeiro secretário que vai nomear?

Isso é uma revelação que ainda não me veio, pois você precisa fazer a avaliação de nomes em relação, primeiro, à reorganização do organograma. Porque, considerando que nós vamos ter que cortar, diminuir o número de secretarias para que se devolva alguma saúde financeira, justamente daquelas que vão precisar de mais reforço de recurso. É necessário que antes você reorganize o organograma e depois escolha as pessoas. Eu não tenho esse passado. Primeiro você organiza a estrutura e depois você chama as pessoas que compõem melhor aquela estrutura, e qualquer coisa diferente é fisiologia, e negociação de cargo é coisa que sinceramente não está dentro da minha diretriz.

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