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Detectado primeiro caso de Influenza Aviária em Niterói

Por Sônia Apolinário
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Não há registro da doença em humanos. A principal orientação é evitar o contato direto com aves silvestres vivas ou mortas
ave fragata
A Fregata é comum nas praias da Região Oceânica de Niterói. Foto: reprodução rede social

Um primeiro caso de Influenza Aviária (H5N1) foi confirmado em Niterói pela Secretaria estadual de Saúde, na segunda-feira (5). Com esse registro, o total de casos do tipo subiu para seis, no Rio de Janeiro, sendo 24 em todo o Brasil.

De acordo com a secretaria, o caso em Niterói foi detectado em uma ave silvestre migratória, da espécie Fregata (Fregata magnificens), encontrada em uma praia da cidade.

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Também chamada de Tesourão, a Fregata é uma espécie de ave marinha com ampla distribuição pelo oceano Atlântico. É muito comum no Rio de Janeiro e costuma “acompanhar” os carros que trafegam pela Ponte Rio-Niterói. A Fregata não mergulha. Ela se alimenta de peixes capturados na superfície com o bico em formato de gancho, em voos rasantes. Também costumam roubar peixes de outras aves.

Dos casos registrados no estado, outros três ocorreram em São João da Barra; um foi identificado no município do Rio de Janeiro e outro em Cabo Frio.

De acordo com informe da secretaria, não há motivos de preocupação para a população sobre epidemia de H5N1, “pois no momento não há transmissão direta de pessoa para pessoa”.

– As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária ocorrem por meio do contato direto com aves infectadas, vivas ou mortas. O mais importante é evitar o contato com aves silvestres encontradas principalmente no litoral – explica o secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho.

A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (SEAPPA) do Rio de Janeiro informa que não há, até o momento, registro da doença em aves domésticas, em áreas de produção comercial ou de subsistência no território fluminense.

Taxa de mortalidade

Nota técnica emitida em conjunto pelas secretarias de Saúde e Agricultura informa que a Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) é causada pelo vírus da Influenza da Família Orthomyxoviridae. Desde a sua identificação na China, em 1996, tem resultado em mortes e abate em massa de mais de 316 milhões de aves de criação em todo o mundo entre 2005 e 2021, com picos em 2016, 2020 e 2021.

De acordo com a nota, no atual contexto de epidemia, o subtipo H5N1 “tem causado uma taxa alarmante de mortalidade e morbidade em aves selvagens, bem como em um número crescente de mamíferos terrestres e aquáticos, chamando a atenção das autoridades ambientais e sanitárias para as ameaças que a IAAP representa para a saúde animal, biodiversidade e saúde pública”.

A nota também afirma que, atualmente, “o mundo vivencia a maior epidemia já registrada de IAAP”. A maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves domésticas de subsistência, de produção ou aves silvestres locais.

Ainda de acordo com a nota, na América do Sul, desde outubro de 2022, já foram notificados focos da doença na Colômbia, Equador, Venezuela, Peru, Chile, Bolívia, Uruguai e Argentina, em alguns casos limitando-se a aves silvestres e outros atingindo aves domésticas de subsistência ou de produção.

No Brasil

No Brasil, ao todo, 24 focos em aves silvestres com H5N1 já foram confirmados nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo. Nesta terça-feira (6), o governo federal abriu um crédito extraordinário de R$ 200 milhões em favor do Ministério da Agricultura e Pecuária para ações de enfrentamento à influenza aviária de alta patogenicidade (H5N1).

Em nota, o Ministério da Agricultura informou que, com o estado de emergência zoossanitária em vigor no país e a confirmação de casos da doença em aves silvestres em pelo menos quatro estados, as ações de controle e contenção serão intensificadas.

O crédito, de acordo com a pasta, será aplicado no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa). Entre as ações previstas estão a rápida identificação, testagem e cuidados sanitários dos casos suspeitos.

Também segundo a nota do ministério, o Brasil “continua livre de influenza aviária na criação comercial e mantém seu status de livre de influenza aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal, exportando seus produtos para consumo de forma segura”.

Com Agência Brasil

 

 

 

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