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Desafio tecnológico premia jovem de Niterói

Por Redação
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Hackthon premiou quatro grupos com R$ 16 mil; Projetos propõem criação de um mercado comunitário, entre outros
Hackathon 42
Um dos objetivos do evento é promover desafios reais para problemas complexos. Foto: Divulgação

Criatividade e inovação, educação e cidadania, equidade e diversidade e meio ambiente e sustentabilidade foram as quatro categorias premiadas no primeiro hackathon da 42 Rio, que teve, entre a lista dos vencedores, um niteroiense. O desafio tecnológico conferiu, ao todo, R$ 16 mil reais para os quatro projetos vencedores da ação realizada a partir da iniciativa 42, “Turbinando o futuro”.

Os projetos vencedores propõem a criação de um mercado comunitário com moeda virtual, um aplicativo para apoiar a jornada dos jovens da rede pública até o ensino superior, um coworking exclusivo para mães e crianças e ainda um aplicativo para conscientização sobre reciclagem.

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Morador de Icaraí, Daniel Wing Bessa, de 29 anos, é formado em Publicidade e Propaganda. Daniel estuda na 42 Rio desde 2023 e comenta sobre o projeto que desenvolveu:
– Muita coisa mudou do dia 1 até a apresentação final. Mergulhamos na temática dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e criamos uma solução voltada para resolver um problema de muitos brasileiros que não tem acesso a educação de qualidade ou como se preparar para ingressar numa universidade pública – destacou.

Focado em diversidade, o hackathon contou com a participação de 1.000 pessoas em atividades online e presencial. Com objetivo de levar a tecnologia para públicos diversos, a primeira edição teve como foco a participação de pessoas residentes de bairros periféricos, pessoas pretas e pardas, integrantes da comunidade LGBTQIAPN+ e mulheres.

Foram diversas atividades para desenvolver e sensibilizar os participantes dentro da agenda de tecnologia e desenvolvimento sustentável. Entre elas, uma Oficina de Inovação, Criatividade e Games foi realizada na Nave do Conhecimento, no Parque Madureira, e o Hackathon que contou com a participação de mais de 270 jovens.

A  iniciativa, realizada pela 42 Rio, é patrocinada pelas empresas WILSON SONS, ICATU SEGUROS e VISAGIO por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro.

– A tecnologia é um meio e as apresentações propostas durante o hackathon são possibilidades de transformação. Queremos muito que além dos vencedores, todos os participantes coloquem suas ideias para frente e contem com a 42 como alavanca para geração de impacto positivo – pontua Hector Gusmão, fundador da 42 Rio, além de CEO e fundador da Bolder, empresa de inovação corporativa e idealizadora da iniciativa.

Os projetos premiados

Segundo a FAO, 21,1 milhões de pessoas estão em situação grave de insegurança alimentar no Brasil. Isso representa cerca de 10% da população do país. Paralelamente, 32,8% estão em nível leve ou moderado. Pensando nisso, um dos grupos apresentou o projeto “Alimentando o Futuro” que consiste em um mercado comunitário baseado em uma moeda virtual para pessoas de baixa renda e moradoras de comunidades.

Na categoria de Educação e Cidadania, o projeto vencedor foi o “Faculdade para todos” que tem como objetivo democratizar o acesso ao ensino de qualidade e ampliar as oportunidades de jovens da rede pública terem acesso a formação de nível superior sem custos.

Com objetivo de reduzir a discriminação associada à maternidade a partir da capacitação e apoiar a inclusão profissional de mulheres que são chefes de família, o projeto “Mães DiCria” foi o vencedor na categoria Equidade e Diversidade. A proposta consiste na criação de um co-working para mães com espaço lúdico para as crianças.

A partir da reflexão do que se ganha com reciclagem, o projeto “TER – Technology Ecologic Recycling” tem como objetivo promover maior engajamento da sociedade civil na agenda de resíduos sólidos e logística reversa. A solução proposta consiste em um aplicativo que conecta pontos de coleta com a sociedade civil com uma proposta gamificada. Ao descartar os resíduos de forma correta nesses espaços, os usuários vão pontuando no programa que pode ser revertido em produtos ou serviços. 

Indicadores de impacto 

Entre os 277 participantes da Oficina de Inovação em Madureira e o Hackathon presencial, 52,7% são pretos, pardos ou indígenas e 31,8% são mulheres e 3,6% se identificam como gênero fluído ou não-binário. A idade média dos participantes é de 24 anos.

Em relação à distribuição geográfica dos participantes, 76,5% residem na cidade do Rio de Janeiro, enquanto 23,5% moram em municípios como Niterói, São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópolis, Nova Friburgo, Itaboraí e outros.

Formação gratuita e premiação 

Para preparar os participantes, foi oferecido um curso virtual gratuito, focado em inovação. O projeto também realizou uma Oficina de Inovação, Criatividade e Games, que aconteceu em novembro na Nave do Conhecimento Madureira.

O Hackathon, que encerrou a formação, aconteceu no dia 17 de dezembro, na sede da 42, localizada na região da Marquês de Sapucaí. Os pitchs foram transmitidos também pelo canal do YouTube da 42 Rio.

Em um formato Demo day, os participantes apresentaram suas ideias projetuais de tecnologia e impacto social desenvolvidos com base nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), agenda mundial estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Os especialistas integrantes da banca avaliadora compartilharam feedbacks sobre os projetos. Como parte da premiação, todos os finalistas terão acesso a formações na 42 Rio.

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