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Niterói cria comitê de monitoramento da dengue

Por Redação
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Comitê irá se reunir uma vez por mês ou extraordinariamente quando convocado pelo prefeito
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Niterói registra 41 casos prováveis de dengue, um dos menores do Estado do Rio. Foto: Banco de imagens/Pixabay

Niterói terá um Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento das Ações Integradas de Prevenção à Dengue. A implantação do Comitê foi publicada na edição desta quarta-feira (21) do Diário Oficial do Município.

A decisão de criar o Comitê foi tomada considerando a importância da participação das instituições da cidade, “tanto para prevenção, quanto para atenção e orientação dos habitantes do Município, para o enfrentamento deste problema de saúde pública”.

Leia mais: Dengue no RJ: número de casos é seis vezes maior que o esperado

Coordenado pelo prefeito de Niterói, Axel Grael, o Comitê se reunirá quantas vezes for necessário durante o período de epidemia no estado do Rio. A ideia é que a reunião seja realizada uma vez por mês ou extraordinariamente quando convocado pelo prefeito.

Até o momento, Niterói registra 41 casos prováveis de dengue. O número considera casos em investigação e os confirmados.

A composição do Comitê

O Comitê será composto por representantes das seguintes instituições:

  • Secretaria Executiva
  • Secretaria Municipal de Saúde
  • Secretaria Municipal de Educação
  • Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos
  • Secretaria Municipal de Defesa Civil e Geotecnia
  • Secretaria Municipal de Ordem Pública
  • Secretaria Municipal de Assistência Social e Economia Solidária
  • Companhia de Limpeza Urbana de Niterói
  • Coordenadoria de Comunicação
  • Corpo de Bombeiros
  • Polícia Militar

O decreto menciona que a criação do Comitê também leva em consideração “o número de registros de casos notificados de dengue nos anos de 2023 e 2024 no Estado do Rio de Janeiro” e que, neste momento, é necessário um “acompanhamento constante e de planejamento de ações preventivas”.

Dados sobre a dengue em Niterói

Niterói é referência no enfrentamento da doença: até o momento, foram registrados 41 casos prováveis de dengue (soma dos casos em investigação e os confirmados).

Enquanto no Rio de Janeiro a incidência de casos é de 3,9 mil por cem mil habitantes, a taxa de Niterói, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, é de 8,5 por cem mil habitantes.

O Ministério da Saúde estima que o número de casos de dengue no Brasil chegue a 5 milhões este ano.

Método Wolbachia

Outra estratégia do Município para enfrentar a doença é o método Wolbachia. A Wolbachia é um microrganismo presente em cerca de 60% dos insetos na natureza, mas ausente no Aedes Aegypti. Uma vez inserida artificialmente em ovos de Aedes Aegypti, a capacidade de o mosquito transmitir os vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela fica reduzida.

Com a liberação de mosquitos com a Wolbachia, a tendência é que esses mosquitos predominem nos locais e diminua o número de casos associados a essas doenças. Em Niterói, o trabalho foi iniciado em 2015 com uma ação piloto no bairro de Jurujuba. Em 2017, foi feita uma expansão no município e o método Wolbachia chegou a 33 bairros das regiões das praias da Baía e Oceânica.

Em 2021, com o método Wolbachia, os números mostram a redução de cerca de 70% dos casos de dengue, 60% de chikungunya e 40% de zika nas áreas onde houve a intervenção entomológica. Naquele período, 75% do território estava coberto.

Em 2023, Niterói se tornou a primeira cidade brasileira com 100% do território coberto pelo método Wolbachia. No Brasil, ele é conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com financiamento do Ministério da Saúde, em parceria com os governos locais.

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