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Covid longa pode atingir até 20% dos infectados, alerta a OMS

Por Redação
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Consequências são graves e atingem também a saúde mental, mas causas ainda não são conhecidas
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A Covid longa é uma das graves consequências da infecção. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), de 10% a 20% das pessoas com Covid-19 sofrem sintomas após se recuperarem da fase aguda da infecção. Os sintomas são “imprevisíveis e debilitantes” e afetam também a saúde mental, alertou a OMS em comunicado nesta quinta-feira (24).

“Embora os dados sejam escassos, estimativas recentes mostram que até 20% das pessoas com Covid-19 experimentam doença contínua durante semanas ou meses após a fase aguda da infeção”, diz o Relatório Europeu da Saúde 2021 da OMS.

Segundo o documento, a condição clínica conhecida por Covid longa ocorre em pessoas com histórico de infecção pelo SARS-CoV-2 geralmente três meses a partir do início da doença, com sintomas que duram pelo menos dois meses, sendo as mais comuns a fadiga, falta de ar e disfunção cognitiva.

“A condição pós-Covid-19 é imprevisível e debilitante e pode, posteriormente, levar a problemas de saúde mental, como ansiedade, depressão e sintomatologia pós-traumática”, alerta capítulo do relatório dedicado à pandemia.

De acordo com o documento da OMS Europa, o que influencia o desenvolvimento e gravidade da Covid longa é, até agora, desconhecido, mas não parece estar correlacionado com a gravidade da infecção inicial ou com a duração dos sintomas associados, sendo, porém, mais comum em pessoas que foram hospitalizadas.

“Espera-se que o número absoluto de casos aumente à medida que ocorrem novas ondas de infecção na região europeia e é preciso mais investigação e vigilância” a essa condição específica provocada pela Covid-19″.

O relatório sobre Saúde na Europa, publicado a cada três anos, diz ainda que as medidas de contenção da pandemia, como os confinamentos, “influenciaram negativamente os comportamentos de saúde” da população.

As restrições tiveram impacto nos padrões de consumo de álcool, tabaco e de drogas em “partes significativas da população”, além do “aumento do comportamento sedentário e alterações negativas” em nível alimentar.

A OMS acrescenta que o fechamento de escolas e universidades em diversos países, durante as fases mais críticas da pandemia, teve “impacto no bem-estar mental” das crianças e adolescentes.

“Análise recente mostra número significativo de crianças que sofrem de ansiedade, depressão, irritabilidade, desatenção, medo, tédio e distúrbios do sono”, afirma a OMS. Para a organização, o fechamento de escolas durante os picos da pandemia em 2020 e 2021causaram perdas na aprendizagem e perturbação no desenvolvimento cognitivo de crianças e adolescentes.

“Os dados emergentes mostram perdas de aprendizagem de um terço a um quinto de um ano letivo e foram relatadas mesmo em países com aplicação relativamente curta das medidas de saúde pública e sociais e acesso generalizado à internet. Isso sugere que as crianças fizeram pouco ou nenhum progresso enquanto aprenderam em casa”, destaca a organização.

(Com Agência Brasil)

 

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