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Covid-19 apresenta crescimento em todas as regiões, de acordo com novo boletim da Fiocruz

Por Redação
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Rio de Janeiro, São Paulo e Paraíba são os locais em que o crescimento está mais acentuado
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De acordo com boletim, cada vez mais estados apontam para o aumento de casos graves de Covid-19. Foto: Agência Brasil

O novo boletim da Fiocruz mostra o aumento de Sars-CoV-2 (Covid-19) entre os casos positivos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em estados de todas as regiões do país. De acordo com o boletim, divulgado na última quarta-feira (23), Rio de Janeiro, São Paulo e Paraíba, esse crescimento se destaca e é mais acentuado até o momento. Referente à Semana Epidemiológica (SE) 46, período de 13 a 19 de novembro, a análise tem como base dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 21 de novembro.

Leia mais: Ministério da Saúde reduz testagem, em meio a alta de casos da Covid

O estudo destaca que cada vez mais estados apontam para o aumento de casos graves de Covid-19, que começou a partir do final de outubro e início de novembro. Na tendência de longo prazo (últimas seis semanas), 15 das 27 unidades federativas estão com esse cenário. Esse sinal pode ser encontrado principalmente entre a população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos.

Devido ao claro cenário de aumento nos casos de SRAG por Covid-19, o pesquisador Marcelo Gomes defende a importância de medidas de proteção.

– Para diminuir a transmissão do vírus, é extremamente importante que a população retome o uso de máscaras adequadas em situações de maior exposição, como transporte público, locais fechados ou mal ventilados, aglomerações e nas unidades de saúde. Além disso, estar com a vacinação em dia é fundamental para diminuir o risco de agravamento da doença – reforça o coordenador do InfoGripe.

O estudo indica crescimento nas tendências de curto (últimas três semanas) e longo prazo (últimas seis semanas). Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 6,2% para influenza A; 0,2% para influenza B; 16,3% vírus sincicial respiratório (VSR); e 61,8% Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 2,0% para influenza A; 0,0% para influenza B; 0,7% VSR; e 93,3% Sars-CoV-2.

Em relação ao vírus Influenza, observa-se queda nos estados que passaram por um aumento de casos durante os meses de setembro e outubro. Em São Paulo, o VSR mantém presença expressiva nas crianças de 0 a 4 anos, além de apresentar retomada do crescimento nesse público no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Estados

Quinze das 27 unidades federativas apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) até a SE 46: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e São Paulo. Na maioria desses estados, o aumento está presente na população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos.

No Amazonas, onde o maior número de casos positivos para Covid-19 na população adulta se iniciou mais cedo, tal cenário não se refletiu em aumento expressivo e duradouro de casos de SRAG notificados no Sivep-Gripe. O ligeiro crescimento identificado em outubro já apresenta estabilização em patamares relativamente baixos.

Capitais 

Dezessete das 27 capitais apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo até a SE 46: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Teresina (PI).

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