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Com Vera Holtz no elenco, ‘Ficções’ retorna a Niterói em dezembro

Por Redação
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Peça é baseada em livro do professor e filósofo Yuval Noah Harari, que já vendeu mais de 23 milhões de cópias em todo o mundo
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Vera Holtz canta, improvisa e “conversa” com Harari. Foto: Divulgação

Após o sucesso de público e de crítica, a peça “Ficções”, baseado no best-seller Sapiens e com a atriz Vera Holtz, retorna a Niterói. Idealizado pelo produtor Felipe Heráclito Lima e escrito e encenado por Rodrigo Portella, o espetáculo possui 31 indicações, além dos prêmios Shell e APTR (Associação de Produtores de Teatro) de Melhor Atriz, de Melhor Música para Federico Puppi, de melhor direção e desenho de luz no Prêmio Bibi Ferreira.

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Baseado no livro “Sapiens – uma breve história da humanidade, do professor e filósofo Yuval Noah Harari, que já vendeu mais de 23 milhões de cópias em todo o mundo, o enredo leva o público a refletir sobre a própria existência, no que é real ou inventado e no porquê a humanidade segue insegura e sem saber para onde ir.

Na peça, Vera se desdobra em personagens da obra literária e em outras criadas por Rodrigo. Ela canta, improvisa, “conversa” com Harari, brinca e instiga a plateia e interage com o músico Federico Puppi – autor e performer da trilha sonora original, com quem divide o palco. Em outros momentos, encarna a narradora e, às vezes, é a própria atriz falando.

– Eu gosto muito desse recorte que o Rodrigo fez, de poder criar e descriar, de trabalhar com o imaginário da plateia. O desafio é essa ciranda de personagens, que vai provocando, atiçando o espectador. Não se pode cristalizar, tem que estar o tempo todo oxigenada – destaca.

Para o autor da peça, o espetáculo carrega uma atmosfera íntima. “Quem for lá vai se conectar com a Vera, ela está muito próxima, tem uma relação muito direta com o espectador”, completa.

Rodrigo Portella cria um jogo teatral em que a todo momento o espectador é lembrado sobre a ficção ali encenada. Um dos principais objetivos, segundo ele, é explorar o sentido de ficção em diversas direções, conectando as realidades criadas pela humanidade com o próprio acontecimento teatral.

Para a empreitada, ele contou com a interlocução dramatúrgica de Bianca Ramoneda, Milla Fernandez e Miwa Yanagizawa: “Mesmo sem colaborar diretamente no texto, elas foram acompanhando, balizando a minha criação. Foram conversas que me ajudaram a alinhar a direção, o caminho que daria para o espetáculo”, conta.

A história

Publicado em 2014, o livro de Harari afirma que o grande diferencial do homem em relação às outras espécies é sua capacidade de inventar, criar ficções, imaginar coisas coletivamente e, com isso, tornar possível a cooperação de milhões de pessoas – o que envolve praticamente tudo ao nosso redor: o conceito de nação, leis, religiões, sistemas políticos, empresas etc. Mas também o fato de que, apesar de sermos mais poderosos que nossos ancestrais, não somos mais felizes que esses. Partindo dessa premissa, o livro indaga: estamos usando nossa característica mais singular para construir ficções que nos proporcionem, coletivamente, uma vida melhor?

– É um livro que permite uma centena de reflexões a partir do momento em que nós pensamos como espécie e que, obviamente, dialoga com todo mundo. Acho que esse é o principal mérito da obra dele – analisa Felipe, que comprou os direitos para adaptar o livro para o teatro em 2019.

Mais de 37 mil espectadores já assistiram à peça, que fez sua estreia em setembro de 2022 na capital carioca, seguiu para São Paulo em janeiro deste ano e percorreu outras cidades brasileiras.

Serviço:

Datas: 1 a 10 de dezembro de 2023
Sextas e sábados, às 20h | domingos às 18h
Local: Teatro da UFF
Endereço: Rua Miguel de Frias, 9 – Icaraí – Niterói
Ingressos: R$ 80 (inteira) – R$ 40 (meia)
Canais de venda: Guichê Web e Bilheteria

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