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Com repertório predominantemente romântico ‘das antigas’ Roberto Carlos conquista o público de Niterói

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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No seu primeiro show em Niterói, o cantor falou do tempo em que morou na cidade, jogou charme para a plateia e mandou recado para os homens
show roberto carlos em niterói
Roberto Carlos abriu o show com “Emoções”. Fotos e vídeos: Sônia Apolinário

Foi com “Emoções” que Roberto Carlos abriu seu primeiro show em Niterói, poucos minutos após às 21h, de sexta-feira (26), no Caio Martins, em Icaraí. O ginásio estava lotado. O público, predominantemente idoso e feminino, com mulheres de todas as idades, inclusive algumas “novinhas”.

Roberto usou roupa toda branca. A plateia estava multicolorida. Eu fui de azul e branco.

“Quando eu estou aqui. Eu vivo esse momento lindo” – a cada verso, gritos e aplausos, com o público cantando em uníssono. A música com que abriu o show serviu de mote para Roberto Carlos falar da importância de Niterói na sua vida:

– É um prazer estar aqui. Quando saí de Cachoeiro (de Itapemirim), vim para cá. Estudei no Colégio Brasil. O Caio Martins é um ícone para mim. Ouço falar do ginásio desde que cheguei em Niterói. Obrigada por terem vindo. Mas meu negócio não é falar. Entre outras coisas, meu negócio é cantar – disse ele emendando com “Como vai você?”.

Leia mais: Roberto Carlos em Niterói: conheça as histórias da época em que o cantor morou na cidade

Ao longo de duas horas de apresentação, todos aqueles sucessos que o público queria ouvir  o Rei cantou: “Detalhes”, “Além do Horizonte”,  “Outra Vez”, “Olha”, “Desabafo”.  Ao final de “Se Você Quer”, mandou um recado para os “caras” da plateia:

– Não é do jeito que nós queremos. É quando elas quiserem. Porque  o que elas querem é o melhor para nós – disse o cantor observando que tinha “poucos caras” entre o público.

Quando ele cantou “Nossa Senhora”, muitos choraram na plateia, minha mãe, inclusive. Um pequeno intervalo foi ao som de “Calhambeque”, música que se tornou um divisor de águas para o surgimento da Jovem Guarda, fase do cantor que mais curto.

“Lady Laura”, canção que Roberto fez para sua mãe, também fez parte do set list bem como “Café da Manhã”, “Seu Corpo”, “Os seus Botões”, “Esse Cara sou Eu”, “Falando Sério”, “Mulher de 40”.

Roberto Carlos, que completou 83 anos no último dia 19, joga charme para a plateia o tempo todo. Ele sabe que o mulherio fica histérico com suas músicas que falam de sexo de forma romântica, arrancando gritinhos e suspiros.

Antes de começar a cantar “Como é grande o meu amor por você”, ele “atacou”:

D. Laura pegou uma das rosas jogadas pelo cantor no fim da apresentação.

– Nessa canção, eu tenho a oportunidade de dizer tudo o que quero dizer para vocês: Eu amo vocês! – um tiro certeiro em uma plateia para lá de conquistada.

E de repente, uma correria. Mulheres de todas as idades se postam na frente do palco na esperança de ganhar uma rosa do Roberto Carlos. A senha foi dada pela própria organização, primeiro, para quem estava na arquibancada e que, naquele momento, teve autorização para ir para a parte Vip da plateia. De repente, tinha mulher idosa em cima das cadeiras, sendo educadamente repreendida pelos seguranças.

Bem na minha frente, Dona Laura, de 90 anos, conseguiu pegar uma rosa vermelha. E abraçou a flor. Quem conseguia uma rosa, exibia como um troféu, em primeiro lugar, nas redes sociais. A primeira-dama de Niterói, Christa Vogel Grael, sentada na primeira fila, ao lado do prefeito Axel Grael, não levou uma rosa para casa.

Quando as flores terminam, com as mulheres ainda em frisson, Roberto Carlos sai discretamente do palco. Com isso, não há um final apoteótico. Os músicos se retiram, as luzes se acendem. É hora de ir embora.

 

Valeu, produção!

Eu fui ao show de Roberto Carlos, em Niterói, com minha mãe, que tem 83 anos e dificuldade de locomoção. Assim que nos viram passar pelo portão,  ela caminhando com auxílio de andador, integrantes da equipe de produção foram em nossa direção e ofereceram uma cadeira de rodas. E sentadinha, ela foi conduzida por um segurança até seu assento. E seu andador foi guardado por outra integrante da equipe. Na saída, a mesma “mordomia”: ela foi conduzida na cadeira de rodas até a porta do táxi.

No que me diz respeito, vivi momentos lindos.

 

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