Os indicadores da Covid-19 continuam em tendência de queda, em Niterói. A redução da circulação do vírus consta no painel da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e considera os dados registrados nas semanas epidemiológicas 52 de 2022 (25 a 31 de novembro) e 1 de 2023 (1º a 7 de janeiro). No período, o número de casos registrados, por semana, passou de 175 para 140, uma redução de 25%.

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As ocorrências vêm diminuindo semanalmente, há dois meses. Na semana 47, em meio à circulação de uma nova subvariante da Omicron, a BQ.1, eram 725 casos, pior marca desde a semana 27. Na semana 48, caiu para 647. Depois, 383. Na semana 50, houve uma pequena curva ascendente, com 490 ocorrências, mas nas últimas duas semanas foram 300 e 175 casos, respectivamente.

A melhor marca do ano ocorreu entre os dias 16 a 22 de outubro, com apenas 25 casos confirmados. Desde o início da pandemia, em março de 2020, foram 88.278 doentes no município, terceira maior marca no estado do Rio. Somente Rio de Janeiro e São Gonçalo têm índices mais negativos. Já Duque de Caxias e Nova Iguaçu, mais populosos que Niterói, registram, até hoje, 40.974 e 52.398 casos, respectivamente.

Óbitos

Pela segunda semana consecutiva, Niterói não registrou nenhuma morte por data de ocorrência. Isto é, há 14 dias, não há mortes provocadas pela doença. Porém, quando o critério é “óbitos por data de confirmação” (a morte aconteceu anteriormente, mas só foi confirmada na semana passada), essa taxa chega a nove, maior número desde a semana 47. Na semana 51, foram dois óbitos, e na 52, seis.

No total, desde 20 de março de 2020, foram registrados 3.017 óbitos na cidade, também só atrás da capital e de São Gonçalo. O número de internações não é divulgado pelos hospitais públicos e privados do município desde o dia 20 de dezembro.

Cobertura vacinal em Niterói

Até o momento, a cobertura vacinal contra a Covid-19 em Niterói atingiu 92,3% da população total com as duas doses – ou dose única – do esquema básico, subindo para 100% dos adultos, a partir dos 18 anos. A cobertura da quarta dose em pessoas com 18 anos ou mais está em 70,1% (80 anos ou mais), 66,9% (60-79 anos), 37,1% (50-59 anos) e 17,9% (18-49 anos).

Entre as crianças de três a 11 anos, apenas 45,5% completaram o esquema vacinal e 63,2% receberam apenas a primeira dose. Na faixa etária de 12 a 17 anos, 88,5% receberam a primeira dose, 72,3% a segunda e só 24,7% tomaram ao menos uma dose de reforço.

Vacinação suspensa no Rio

A vacinação contra Covid-19 está suspensa por tempo indeterminado, no Rio de Janeiro, desde sábado passado (7), para todos os moradores com 12 anos ou mais e quatro anos ou menos. Isso porque, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os estoques do imunizante acabaram.

– A gente não recebeu a vacina pediátrica ainda. Na verdade, ainda não recebemos nenhuma vacina para Covid-19. A Secretaria Municipal de Saúde possui poucas doses para crianças de 5 a 11 anos e, por esse motivo, somente elas continuarão a ser vacinadas enquanto durarem os estoques. Por isso, a vacinação está suspensa – disse o secretário Daniel Soranz à Agência Brasil.

Soranz esteve em Brasília, na quinta-feira (5), para conversar sobre o déficit de insumos com a ministra da Saúde, Nísia Trindade. No mesmo dia, em nota encaminhada à Agência, o Ministério da Saúde informou que o contrato com a Pfizer ainda prevê a entrega de 69 milhões de doses da vacina contra o coronavírus até junho de 2023.

A pasta não esclareceu se há doses das outras fabricantes disponíveis para o envio imediato aos estados. Porém ressaltou que vai receber, até março, 16 milhões de doses da Pfizer para a faixa etária de seis meses a quatro anos de idade e 11 milhões para crianças de cinco a 11 anos.

No segundo trimestre, estão previstas remessas de 6,68 milhões de doses para bebês e crianças pequenas e mais 6,57 milhões para as crianças maiores, de até 11 anos. Para o público adulto, serão 9,7 milhões de doses da vacina bivalente BA.4/BA.5 para entregar até junho.

O A Seguir fez contato com a Prefeitura de Niterói para saber como está o estoque de imunizante na cidade, mas até o fechamento desta edição não recebeu resposta.

Com Agência Brasil