12 de dezembro

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Cidades ao redor de Niterói também enfrentam segunda onda de Covid

Por Por Gabriel Gontijo

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Alta ocupação de leitos e aumentos de casos de contaminação são registrados nos vizinhos da cidade
covid 11
O coronavírus: pandemia tem segunda onda, ainda mais preocupante

O aumento de casos e mortes causados pela Covid-19 traz de volta cenas que chocaram o país na época em que a pandemia atingiu o pico na primeira onda da doença. Por isso, já há cidades que estão tomando medidas mais radicais, como o lockdown que começa na segunda (11) em Belo Horizonte. Cientistas da UFF já recomendaram novo lockdown em Niterói, mas a Prefeitura ainda descarta. Nos municípios ao redor de Niterói, porém, a situação também é preocupante.

A Região Metropolitana II contempla, além de Niterói, os municípios de São Gonçalo, Maricá e Itaboraí, entre outros. De acordo com o painel da Secretaria Estadual de Saúde, entre as semanas epidemiológicas 47 e 49, os casos de Covid-19 aumentaram 39,99% no período, sendo que a taxa de ocupação nas enfermarias é de 65,63% e de UTIs de 75,41%.

A capital, que está incluída na Região Metropolitana II, onde também estão os municípios da Baixada Fluminense, se encontra com a avaliação de risco vermelha, considerada alta. O teste de positividade para Covid aumentou 37,58% no período. A taxa de ocupação nas enfermarias se encontra em 79,32% e a das UTIs está em 83,23%.

A situação varia de acordo com cada cidade, mas em todas elas há o temor do sistema de saúde, seja público ou particular, entrar em colapso diante do crescimento da segunda onda.

Rio de Janeiro

A capital fluminense é a cidade com a maior média de casos em todo o país. Ao todo, são 170.636 casos confirmados com 15.150 óbitos. E medo da população carioca com a doença tem fundamento. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde de 4 de janeiro, 87% dos leitos em enfermaria estavam ocupados, sendo 601 ao todo. E o índice piora quando se trata de UTIs, pois 609 se encontram com pacientes, o equivalente a 92% do total.

Como tentativa de conter o avanço da doença, a Prefeitura do Rio anunciou a abertura de mais 50 leitos no Hospital Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte. A unidade é considerada referência no tratamento da Covid-19.

São Gonçalo

De acordo com o painel da SES, que traz dados sobre o município atualizados em 31 de dezembro, a cidade estava com 84 leitos de enfermaria ocupados (45% do total) e 52 de UTI (62%). A Prefeitura informou nesta quarta (6) que mais 12 mortes aconteceram, totalizando 1.040 óbitos, e 71 internações na rede municipal. Mas uma fonte informou que há unidades onde a situação é grave, como o Pronto Socorro Central, no bairro do Zé Garoto, onde quase não há mais vagas na UTI. E, de fato, o Diário Oficial desta quinta (7) confirma essa informação, com cinco leitos ocupados dos sete disponíveis.

E o Diário Oficial do gonçalense traz outra informação preocupante. A falta de vagas para internações de crianças que contraíram a doença. Segundo o documento, o Pronto Socorro Infantil Darcy Vargas (PSI) se encontra com todos os seis leitos de enfermaria ocupados. Já os de UTI, só se encontram dois livres dos oito que a unidade oferece.

Considerado como referência pediátrica no tratamento de Covid, o hospital tem recebido pacientes de Itaboraí, cidade vizinha, que também tem enfrentado dificuldades no combate ao novo Coronavírus.

Itaboraí

A cidade ficou sem atualizar os dados por um período, mas desde o primeiro dia do ano voltou a publicar diariamente as informações oficiais sobre a doença. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ao todo a cidade tem 31.414 casos notificados desde o início da pandemia, com 355 mortes.

Apesar do número aparentemente baixo de óbitos se comparado com outras cidades da região, a situação já preocupava a prefeitura desde o início de dezembro. Segundo uma pessoa que trabalhou na gestão passada, e que não quis se identificar, assim que o município atingiu o nível vermelho temeu-se em criar uma fase superior de tão grave que a situação se desenhava.

– Logo que Itaboraí atingiu o nível vermelho, a preocupação era o avanço rápido que a cidade estava atingindo dia após dia, pois essa era a fase máxima. Chegou-se a discutir se a cidade precisaria de um outro pelo cenário que estava se formando – reconhece a pessoa.

E de acordo com o painel da SES, com a última informação sobre Itaboraí datada de 28 de dezembro, a taxa ocupação dos leitos de enfermaria era de 77%, com 13 leitos ocupados. Já o índice de UTIs ocupadas era um pouco menor, 53%, o equivalentes a 17 leitos ocupados.

Maricá

Apesar da cidade ser reconhecida pela qualidade nos serviços públicos municipais, incluindo os da saúde, Maricá apresenta números assustadores tanto na ocupação de leitos de enfermaria quanto os de UTIs. Em ambos os índices, a taxa é de 88% cada, sendo 40 leitos ocupados em enfermarias e 41 nas UTIs.

Com 8840 casos confirmados e 195 óbitos ao todo, a cidade tem 273 casos ativos da doença e 25 mortes em investigação. O local com o maior registro de infectados é o quarto distrito de Itaipuaçu, com 1809 casos.

Um dos mecanismos criados pela prefeitura para evitar o aumento de internações pela doença foi o programa “Sentinelas de Maricá Covid-19”, que faz visitas diárias à população em domicílio realizando os testes rápidos para monitoramento dos casos em que o resultado do exame é positivo. A última fase do programa foi realizada em 14 de dezembro.

Apesar da iniciativa, percebe-se um crescimento exponencial de infectados nas últimas três semanas. Na ocasião, a cidade tinha 5251 casos confirmados, sendo 122 ativos à época. Atualmente, o primeiro índice apresentou um crescimento de quase 58%. Já a outra taxa teve um aumento de 44,68%

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