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Cidade tem recorde de empregos gerados em agosto e chega a 4.310 novas vagas no ano

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Expectativa é de que o Pacto de Retomada da Economia e o novo boom imobiliário impulsionem mais os números
Obra executada pelo município. Foto- Prefeitura de Niterói
Obra executada pelo município. Foto: Prefeitura de Niterói

Conforme a vacinação avança, Niterói retoma o caminho de crescimento. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, mostram que em agosto a cidade bateu recorde na geração de empregos. Foram 1.099 carteiras assinadas no período, totalizando 4.310 novos postos de trabalho em 2021. E a expectativa é de que os planos ousados para a retomada da economia niteroiense ampliem esse número, como foi anunciado na semana passada.

“O Pacto de Retomada da Economia vai estimular ainda mais a geração de emprego e renda em Niterói”, escreveu Axel Grael numa rede social, ao comemorar os dados do Caged.

A estratégia já anunciada pela Prefeitura é muito clara e gira em torno de um setor que sempre teve impacto na geração de emprego e renda na cidade, mas que sofreu com a crise dos últimos anos: a construção civil. Não à toa, o município pretende injetar R$ 2 bilhões na realização de obras, que têm potencial de movimentar uma cadeia produtiva complexa e ramificada.

“A ação da Prefeitura de Niterói, os investimentos da iniciativa privada e a participação de todos os setores da sociedade farão nossa cidade avançar no caminho do desenvolvimento sustentável com justiça social”.

  • Evolução da geração de empregos:

Maio: 389 vagas

Junho: 895 vagas

Julho: 1.050 vagas

Agosto: 1.099 vagas

Construção Civil é a grande aposta

O Pacto de Retomada da Economia, anunciado pela Prefeitura, pretende tirar do papel pelo menos 27 projetos de médio e grande porte na cidade. Em alguns deles, a previsão é de que sejam criadas mais de mil postos de trabalho, como nas obras de drenagem e pavimentação do Engenho do Mato, orçado em R$ 175 milhões, e a remodelação da Concha Acústica, que deve custar mais de R$ 97 milhões.

Para diretor da Faculdade de Economia da UFF, Ruy Santacruz, investir em obras é uma estratégia positiva, porque pode diminuir a dependência que Niterói tem no setor de comércio, atualmente responsável por 60% do PIB da cidade e que gera 63% dos empregos formais. O setor sofreu duramente com a pandemia, e variar as fontes de renda na cidade diminuiria o risco de um novo colapso:

– Niterói está muito enviesada para serviço, é uma cidade típica de serviços. Então, a área de construção civil é muito boa pra você ampliar essa fonte de renda. Se você aumenta o gasto em construção civil em 10%, 20%, isso é o que vai aumentar de emprego também, e a construção é altamente geradora de mão de obra — explicou Santacruz.

A retormada do setor imobiliário depois de um período de oito anos de crise também vai ao encontro dos planos do município de fortalecer a economia a partir da Construção Civil. Em conversa recente com o A Seguir: Niterói, o diretor da Spin e da Ademi, Bruno Serpa Pinto, estimou que cada obra de construção de prédio gera cerca de 500 empregos diretos e indiretos. E os canteiros de obra se multiplicam pela cidade.

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