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Censo 2022: 6,2% da população de Niterói têm algum tipo de deficiência

Por Sônia Apolinário
| aseguirniteroi@gmail.com

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Em novos dados relacionados com o Censo de 2022, o IBGE identificou que pouco mais de 5 mil niteroienses têm autismo
pessoa com deficiência
Segundo o IBGE, na população brasileira de 70 anos ou mais, 27,5% são pessoas com deficiência – Foto: IBGE

Em 2022, entre as 474.051 pessoas com dois anos ou mais de idade que viviam em Niterói, 29.474 – ou 6,2% da população – tinham algum tipo de deficiência.

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Desse total, 5.604 foram diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que corresponde a 1,2% dos moradores do município. Esse é o mesmo percentual, a nível nacional. No estado do Rio de Janeiro, 1,3% da população têm o diagnóstico de TEA.

Os dados são do “Censo Demográfico 2022: Pessoas com Deficiência e Pessoas Diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista – Resultados preliminares da amostra”, divulgado nesta sexta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Brasil de 2022, entre as 198,3 milhões de pessoas com dois anos ou mais de idade, 14,4 milhões (ou 7,3%) eram pessoas com deficiência. Dentre elas, 2,4 milhões tinham o diagnóstico de TEA, o que corresponde a 1,2% da população brasileira.

No estado, à época com uma população de 15.738.767 pessoas, 1.160.784 tinham algum tipo de deficiência, o que correspondia a 7,3% da população. Dentre eles, 214.637 tinham o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista.

Em Niterói, os  homens são maioria dentre as 5.604 pessoas diagnosticados com TEA: 3.391

O mesmo se dá a nível nacional. A prevalência foi maior entre os homens (1,5%) do que entre as mulheres (0,9%): 1,4 milhões de homens e 1,0 milhão de mulheres foram diagnosticados com autismo por algum profissional de saúde. Entre os grupos etários, o de maior prevalência foi o de 5 a 9 anos (2,6%).

No município, dentre as pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, a taxa de analfabetismo é de 1,68; contra 3,34 no estado e 6,55, no país.

Idosos

Segundo o IBGE, no Brasil de 2022, os idosos com 60 anos ou mais representavam 45,4% das pessoas com deficiência, enquanto na população sem deficiência eles eram 14,0%.

Mulheres

No país, as mulheres com deficiência eram 8,3 milhões e os homens, 6,1 milhões. Em todas as Grandes Regiões, as mulheres com deficiência eram mais numerosas do que os homens nessa condição. Isso, na avaliação do IBGE, pode estar associado à maior longevidade feminina na população brasileira.

Renda

De acordo com Luciana dos Santos, analista do IBGE, embora não seja possível avaliar, através dos dados do Censo 2022, a relação da incidência de deficiência com a renda, “há estudos que identificam uma correlação entre a prevalência da deficiência com menor acesso a serviços básicos, educação, saúde e qualidade de vida em geral”:

– Nesse contexto, a Região Nordeste, historicamente marcada por baixos índices de desenvolvimento humano, acaba sendo mais vulnerável a circunstâncias que podem causar deficiência, como má nutrição, falta de acesso à saúde etc. Ou seja, a maior incidência de deficiência no Nordeste é um reflexo das desigualdades sociais e econômicas da região – afirmou a analista.

Visão

No total de pessoas com deficiência no país (14,4 milhões, em 2022), a dificuldade funcional mais frequente identificada pelo IBGE foi a de enxergar – mesmo usando óculos ou lentes de contato – que atingia cerca de 7,9 milhões de pessoas. Em seguida, aparecia a dificuldade para andar ou subir degraus, mesmo com o uso de prótese ou outro aparelho de auxílio, contabilizando 5,2 milhões de pessoas.

Autismo

No Brasil, em 2022, o autismo era maior entre crianças e adolescentes e o diagnóstico de TEA era maior entre pessoas brancas.

A taxa de escolarização da população brasileira com autismo (36,9%) foi superior à observada na população geral (24,3%). Essa diferença foi mais expressiva entre os homens: 44,2% dos homens com autismo estavam estudando, frente a 24,7% do total. Entre as mulheres, a taxa de escolarização foi 26,9% entre aquelas com autismo, ante 24,0% no total.

– Tal diferença se dá pela maior concentração da população com autismo nas idades mais jovens, principalmente entre as idades de 6 a 14 anos, que possuem altas taxas de escolarização e concentram mais da metade da população de estudantes com autismo – explicou Raphael Alves, membro da equipe técnica temática de pessoas com deficiência e pessoas diagnosticadas com transtorno do espectro autista do Censo Demográfico.

 

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