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Amanda está com Covid. Pegou do namorado. Sônia testou positivo. No começo pensou que era uma gripe. Teve um aborrecimento. Achou que isso tinha derrubado sua imunidade. Mas era Covid. Giovani tinha um encontro com os amigos do trabalho. Foi o primeiro a ter a doença. Depois outros também tiveram. O evento foi cancelado. Gustavo está tossindo muito. Não fez o teste, ainda. Por via das dúvidas, está trancado em casa. Estes casos, ocorridos nos últimos dias, retratam a situação que Niterói está vivendo: o aumento dos casos de Covid.
Na última semana, a Semana Epidemiológica 19, Niterói teve 450 novos casos da doença, contra 272 na semana anterior – um aumento de 65%. O quadro confirma a tendência registrada no Mapa da Covid da Secretaria de Estado de Saúde: o recrudescimento do contágio depois do período do Carnaval. No estado do Rio, os números passaram de 8.629 na SE 17 para 9.795 na semana seguinte até chegar aos 12.067 da última semana, um crescimento de 39%. Ainda assim, as notificações são consideradas baixas em relação a momentos de maior incidência da doença.
Rio, o efeito do carnaval
A alta nas estatísticas do estado foi puxada pelo forte aumento do contagio no Rio de Janeiro. A capital passou de 1.935 casos na SE 17 para 4.235, um resultado que mais que dobra a estatística da doença na cidade, depois do carnaval. O resultado fez o Mapa da Covid no estado sair da bandeira verde de risco muito baixo para o alerta amarelo.
O Secretário de Saúde, Alexandre Chieppes, não comentou estes números. Preferiu atribuir a mudança no sinal de risco à defasagem dos indicadores usados, como internação e óbitos. Explicou que como os números são muito baixos, atualmente, qualquer notificação gera uma variação percentual importante, distorcendo a tendência de controle da doença. Ele anunciou que vai suspender a divulgação do relatório, depois de 81 edições, para mudar a fórmula do cálculo.
Em Niterói…
Em Niterói, o aumento dos casos de Covid fez a Prefeitura ampliar o atendimento nos postos de vacinação. Na última semana, houve aumento nas filas nos postos de testagem, como o A Seguir mostrou no Vital Brazil. Também cresceu a venda de testes nas farmácias. E o GayLussac foi obrigado a suspender aulas em algumas turmas diante dos casos de alunos com a doença. Uma medida preventiva e responsável que já havia sido adotada antes pelo Colégio PH.
Desde o início da pandemia, Niterói registrou 75.834 casos de Covid e 2.793 mortes – um número que ainda vem subindo, com a confirmação de casos antigos somente agora comprovados. Mas a vacinação mostrou ser eficaz no combate à doença. Neste ano, apesar do alto contágio da Ômicron, a ocupação dos hospitais esteve todo o tempo sob controle e foram registradas 180 mortes, uma letalidade bem menor do que na incidência de outras variantes da doença, como a Delta, quando ainda não havia vacina.
Niterói é uma das cidades com melhor índice de vacinação: 92,2% de toda a população tomaram a primeira dose; 87% completaram as duas doses. Considerando a população adulta, o índice chega a 100%.
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