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Cartão postal de Niterói, Igrejinha da Boa Viagem será entregue em agosto

Por Redação
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Ilha será reaberta com museu e diversas atrações para os visitantes
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A capela de 1650 foi reconstruída em 1780 e será reaberta preservando o estilo original. Foto: Prefeitura/ Luciana Carneiro

Pode incluir na agenda: as obras da ilha da Boa Viagem serão concluídas até o fim de agosto, depois de anos fechada. O anúncio foi feito pelo prefeito Axel Grael em visita ao local nesta quarta-feira (21). A ilha será a primeira do país a ter o conceito de Ilha Museu, com experiências interativas desde a entrada, criando um conceito de museu a céu aberto com várias atrações para os visitantes.

-Até o fim do ano, vamos abrir visitações controladas para pequenos grupos, para respeitar a estrutura da ilha e também para termos qualidade na experiência de quem visita. Queremos que a experiência de visitar essa ilha seja um orgulho para o niteroiense e que as pessoas saiam daqui também com uma visão educativa -, disse o prefeito.

O prefeito Axel Grael visita as obrasna Ilha da Boa Viagem. Foto: Prefeitura/ Luciana Carneiro

Ilha Museu

A Boa Viagem reúne um conjunto de construções de valor histórico. Todo o conjunto arquitetônico e paisagístico da Ilha da Boa Viagem é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A capela foi construída em 1650, com sua estrutura original em estilo colonial. Ela foi destruída durante a invasão francesa de 1711 e reconstruída em 1780, já seguindo um estilo neoclássico. As obras estão em estágio avançado: a restauração do piso hidráulico já foi concluída e, no momento, está sendo feita a pintura. A equipe também trabalha no assentamento do piso de terracota em volta da igreja. O serviço de conservação e restauro incluiu adequação da instalação elétrica, colocação de ar-condicionado dentro da capela, nova iluminação e instalação de banheiros.

A restauração do Fortim já foi finalizada. O Fortim era uma bateria que servia, a princípio, de suporte para o Forte do Gragoatá. Quando as obras começaram, o local estava em ruínas. Foi restaurado a partir do que havia de vestígios da construção e se transformou em um espaço de contemplação. Além da pintura, drenagem e instalação de câmeras, teve o emboço recuperado e o piso recomposto em terracota.

Já o castelo será a sede de um museu com uma sala de exposição e uma cafeteria. A equipe trabalha na colocação de massa, nos arremates de pó de pedra da fachada e no assentamento dos revestimentos de cerâmica da parede. Além disso, está em processo a instalação do ar condicionado e fechamento dos quadros de elétrica.

Parceria com a Unesco

A obra é uma parceria da Prefeitura com a Unesco. Christiana Saldanha, representante da Unesco no Rio, considera a restauração um legado para Niterói:

-Temos um patrimônio que está sendo recuperado e que tem uma pretensão de ser sustentável por muitos anos,  para as futuras gerações. A ideia é que esse seja um espaço educativo, que possa fazer de fato a transmissão do conhecimento igualitário e que faça com que as pessoas se envolvam, sejam crianças, adolescentes, jovens e toda a família. Eu acho que esse é um presente para a Niterói – afirmou.

Devido à importância histórica da área e por seu grande potencial turístico, o município apresentou um projeto ao Iphan, que foi aprovado. A Prefeitura de Niterói assumiu a obra com recursos próprios, no valor de R$ 5,5 milhões.

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