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Candidatos à Prefeitura de Niterói e suas lembranças do tempo de escola

Por Por Livia Figueiredo

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Das salas de aulas à disputa para gerir o município e cuidar do futuro da cidade
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Candidato do PSOL na quinta série, no Abel. Flávio Serafini é o último à direita, na primeira fila de cima para baixo / Foto: acervo pessoal do candidato

Hoje eles estão na disputa para chegar a Prefeito (a) de Niterói e, além de cuidar das escolas da rede municipal, planejar o futuro da cidade. Mas quais as lembranças dos tempos de escola dos candidatos a Prefeito? A maioria deles estudou em escolas privadas, mas alguns depois deram aulas em unidades públicas. Em comum, a saudade das salas de aula, dos professores que foram fontes de inspiração, dos aprendizados que os candidatos carregam até hoje.

O candidato do PSOL, o hoje professor e deputado Flávio Serafini, fez o Ensino Fundamental em dois colégios tradicionais da cidade, o Abel e o Centro Educacional. Quando foi morar em Piratininga, estudou no Laplace. Do Abel, guarda lembrança afetiva dos campeonatos de futebol, que, segundo ele, mantinham os estudantes muito vinculados à escola e aos amigos, até mesmo nos fins de semana.

-Quando não era eu que jogava, era meu irmão. Então, tinha sempre atividade. Já o Laplace foi onde eu mais vivi a adolescência, pois morava em Piratininga, ia à praia e depois saia à noite. Foi também quando comecei a me interessar por política e onde conheci o Marcelo Freixo (hoje deputado federal), que era professor de História na escola, e é meu amigo até hoje. Desse período ainda mantenho muitos amigos com quem convivo e tenho contato até hoje, inclusive vários professores que depois foram meus colegas de trabalho em escolas particulares, na rede estadual, e que inspiram e acompanham nossa luta pela Educação – diz Flávio Serafini.

Essa admiração por professores e a valorização do ensino perseguem outros candidatos. Juliana Benício, do partido Novo, lembra de ser uma aluna extremamente dedicada. Ela conta que tinha como meta passar já no terceiro bimestre e sempre obteve êxito.

-Nunca levei uma anotação sequer na escola e sempre cumpri com minhas obrigações como aluna. Tive muitos professores especiais, mas a mais especial delas, sem dúvida, é minha sogra. Casei com o filho da minha professora de História – conta a candidata do Novo.

A candidata do Novo, Juliana Benício, quando tinha 10 anos na festa Junina do Abel/Arquivo pessoal

Felipe Peixoto, candidato a Prefeito pelo PSD, estudou no GayLussac na pré-escola, na Aldeia Curumim no Ensino Fundamental e no Centro Educacional de Niterói no Ensino Médio. Ele diz que todas cumpriram seu papel, cada uma à sua maneira, e tem ótimas lembranças de todas. Na Aldeia, ele ingressou no movimento estudantil e foi o responsável pela fundação de um jornal, o Jornaldeia. O espírito de liderança, ressaltado por ele, é de longa data.

-Fui representante de turma e participei de congressos e passeatas, como as do Movimento Fora Collor, sempre liderando as turmas. Lembro também de como curtia as cabanas no morro. Já no Centro Educacional fui o presidente do Grêmio Estudantil e conquistei diversas melhorias para os alunos, como a redução das mensalidades. Criei o Cine CEN e a Rádio de Pilha com recursos do grêmio, que ao fim do meu mandato tinha até computador com acesso à internet, sala de audiovisual e de rádio. O Centro ficou especialmente marcado pelas festas que lá organizei – contra Felipe Peixoto.

Felipe diz que teve muitos professores bacanas, mas destaca um com participação muito especial na sua formação: o professor Dalton Gonçalves, fundador da escola Aldeia Curumim. Felipe foi seu aluno de Física, Química e Matemática, na antiga 8ª série, que hoje é o 9º ano. Isso lá em 1992, ano do impeachment do Collor, período em que contou com todo o suporte da escola para participar das manifestações do movimento Fora Collor.

-Uma coisa que me impressionou muito foi um alerta que o professor Dalton me deu na época para que eu não fosse massa de manobra. Ele me apoiou a ir e disse “olha só: você vai, participa, pode reivindicar o que quiser, mas fica muito atento para não ser usado como massa de manobra, não ser utilizado politicamente pelos outros. Toma só esse cuidado”. Esse conselho do Dalton Gonçalves marcou muito a minha vida – relembra Peixoto.

Candidato do PSD, Felipe Peixoto quando estudava no Centro Educacional / Foto: acervo pessoal do candidato

Axel Grael, candidato a Prefeito pelo PDT, conta que morou em muitas cidades nos seus primeiros anos de vida. Seu pai era militar e, por causa disso, as mudanças eram constantes. Ele afirma que morar em diversos lugares o fez valorizar ainda mais Niterói.

-Estudei na British School, que ficava no final da Rua Moreira César, em Icaraí. Era uma escola bonita, avarandada, um ambiente muito agradável. Depois, estudei em uma escola chamada Elza Parreira, que ficava na Avenida Roberto Silveira. Mais tarde, fiz exame de admissão no Salesiano. Lembro desse período escolar com muito carinho, até porque sempre gostei de estudar e a relação com professores e colegas era muito bacana – conta Grael.

Deuler da Rocha, candidato do PSL, também transitou por diversas escolas de Niterói, entre elas o Liceu Nilo Peçanha e o extinto Santa Bernadette. Ele conta que o que mais guarda na sua memória afetiva são os excelentes professores, além do sentimento de transformação que a escola evoca.

-De certa forma é uma experiência que pode contribuir ao longo dos meus 24 anos na Polícia Federal. É aquele sonho que os jovens alimentam de mudar o mundo, de ser capaz de ajudar nosso país – conclui o candidato do PSL.

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