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Campanha eleitoral começa e disputa pelo Palácio Guanabara passa por Niterói

Por Redação
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Governador evita citar apoio de Bolsonaro, Freixo cola em Lula e Rodrigo fala da experiência da gestão
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Debate da Band com candidatos ao Palácio Guanabara. Foto: Divulgação/Bruna Prado

A Campanha eleitoral começou, com o debate realizado pela rede Bandeirantes com os candidatos ao Palácio Guanabara, neste domingo (7). Na bancada da emissora, o governador Claudio Castro (PL), o candidato do PSB, Marcelo Freixo, o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT) e o candidato do Novo Paulo Ganime, debateram propostas e trocaram farpas. Niterói apareceu na conversa em diversos momentos, na discussão sobre engarrafamentos, barcas e na proposta de construção de uma linha do metrô.

O governador Cláudio Castro, que chegou ao Palácio Guanabara depois do impeachment do governador Wilson Witzel, de quem era vice,  foi o principal alvo dos candidatos, em função do escândalo envolvendo o Ceperj, o Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Público do Rio), que criou 20 mil cargos secretos, sem qualquer transparência, e distribuiu R$ 226,4 milhões em dinheiro no Banco Bradesco. O esquema denunciado pela Folha de São Paulo e pelo Globo distribuiu dinheiro a lideres políticos que apoiam o governo.

– Eu quero saber se você é culpado pelos fantasmas ou se você é incompetente porque não viu todas as pessoas que estavam do seu lado roubarem? – disparou Freixo logo no primeiro bloco. Castro defendeu o programa e disse que não há fantasmas, porque todo mundo que sacou o dinheiro na boca do caixa tinha que apresentar documentos.

Fome, saúde e segurança

A mensagem dos candidatos apareceu logo nas primeiras respostas. Freixo disse que a vitória dele vai representar o fim de um ciclo de governadores presos no Rio de Janeiro e prometeu descongelar o salário-mínimo regional. Ganime se apresentou como candidato capaz de oferecer confiança e credibilidade à população. Já Rodrigo Neves citou a “pior crise social e econômica que o Rio de Janeiro vive”, com fome e desemprego, e afirmou que fez uma “boa gestão” com “transparência” como prefeito de Niterói. O governador Cláudio Castro, por sua vez, sustentou que retomou as políticas sociais, com diálogo com prefeituras, governo federal e Assembleia.

O combate à fome foi um dos principais pontos discutidos durante o primeiro debate entre os candidatos ao governo do estado do Rio de Janeiro. Segundo levantamento da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar, 2,8 milhões de pessoas passam fome no Rio. Um número, que de acordo com o estudo, aumentou devido a pandemia da Covid-19.

Enquanto Castro não tocou no nome do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o debate, Freixo aproveitou para enfatizar o apoio a Lula na disputa pela Presidência durante outra pergunta destinada ao governador. “Por isso tô com Lula. Porque o Lula passou fome. Sabe o que é isso e tem compromisso de ajudar a levantar o Rio de Janeiro.”

Outras questões tiveram destaque no debate, como a Saúde. Rodrigo Neves criticou a ação do governo do estado na pandemia, enquanto se apoiava na gestão da prefeitura de Niterói, que enfrentou a doença sem filas nos hospitais e com um índice de vacinação acima da média nacional.

A questão da segurança pública, outra atribuição do governo do estado, apareceu também motivou embates. O governador Claudio Castro foi criticado por ser responsável pela ação violenta da polícia, em três das maiores chacinas registradas na Região Metropolitana do Rio. Freixo, por seu lado, foi atacado por ter, ao longo de sua trajetória política, confrontado a polícia na defesa dos direitos humanos.

Niterói no debate

Niterói apareceu em alguns momentos no debate. O ex-prefeito Rodrigo Neves baseia sua candidatura na experiência que teve na gestão do município, depois de completar oito anos de governo  com um alto índice de aprovação e eleger seu sucessor, o prefeito Axel Grael, com mais de 60% dos votos, no primeiro turno. Freixo que também construiu sua vida política em Niterói e foi atacado pelo governador por sua falta de experiência na gestão, tentou minimizar a passagem de Rodrigo pela Prefeitura, alegando que Niterói é uma cidade pequena, diferente de gerir o estado.

No debate, Niterói foi tratada como uma cidade pequena, rica, em função dos royalties do petróleo e do orçamento de R$ 4,2 bi, e engarrafada. O ex-prefeito foi criticado por não conseguir resolver o problema do trânsito na cidade. Por sua vez, se queixou da falta de investimentos do estado. E defendeu a construção de uma linha do metrô ligando o Rio a Niterói e São Gonçalo.

 

 

 

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