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Testar cerca de 1 milhão de pessoas hipertensas e diabéticas, em todo o Brasil, para auxiliar no diagnóstico precoce e controle de doenças renais. Esse é o objetivo de uma campanha iniciada, esta semana, pela Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil. A expectativa é detectar de 30 a 35% de novos casos de pacientes com problemas renais em estágio inicial.
Na capital do estado do Rio de Janeiro e em Niterói, os laboratórios Bronstein, Lâmina e Sergio Franco vão oferecer os exames, gratuitamente. Nas cidades de São Gonçalo, Maricá e Itaboraí participa da campanha apenas o Sergio Franco. Os exames feitos para detectar problemas renais são de dosagem de creatinina e microalbuminúria, coletadas por meio de sangue e de urina, respectivamente. Para solicitá-los, é preciso ser maior de 18 anos, residente do Brasil e se autodeclarar diabético ou hipertenso, mesmo sem diagnóstico prévio de doença renal crônica. É preciso preencher o cadastro no site do programa e se apresentar no laboratório portando documento com foto.
De acordo com o diretor médico da Dasa, Gustavo Campana, apenas 5 a 10% dos pacientes que têm doenças renais crônicas sabem do problema antes de chegar em fases muito avançadas. Ele observa que as doenças renais “são silenciosas” e, por isso, detectadas tardiamente. Assim, qualquer comprometimento crônico do rim se torna irreversível, mas, com a detecção precoce, “é possível evitar que a complicação evolua para diálise ou transplante”.
– Quando a pressão arterial foge do valor ideal, os vasos sanguíneos sofrem lesões e, com o tempo, podem ficar mais espessos e rígidos. Nos rins, esse efeito resulta em perda da eficiência para filtrar o sangue e eliminar resíduos nocivos adequadamente. No caso do diabetes descontrolado, é o aumento da glicemia que danifica os vasos e acaba acarretando o mesmo efeito – explica Campana.
Ele ressalta que esse primeiro teste é uma triagem. Os pacientes que tiverem alteração nos exames serão orientados a procurar um médico e refazer os exames após três meses para confirmar o diagnóstico. A campanha vai até fevereiro de 2023 e está sendo realizada pela Dasa com apoio da da biofarmacêutica AstraZeneca.
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