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Câmara de Niterói discute projeto de intervenção do entorno da Laguna de Itaipu

Por Livia Figueiredo

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Projeto prevê onde será permitido edificar; Serão cem marcos e cinco placas de identificação que vão delimitar toda a faixa marginal
Lagoa de Itaipu. Foto- Reprodução: Redes Sociais
Lagoa de Itaipu. Foto: Reprodução/ Redes Sociais

A Câmara Municipal de Niterói vai discutir, na noite desta terça-feira (28), a demarcação da faixa marginal de proteção da Laguna de Itaipu. A Audiência Pública vai contar com a presença de membros do Comitê Lagunar de Itaipu e Piratininga (CLIP), que vão apresentar o projeto de intervenção no entorno da lagoa. Serão cem marcos e cinco placas de identificação que vão delimitar toda a faixa marginal através de georreferenciamento. Hoje, a legislação afirma que uma área de, no mínimo, trinta metros deve ser preservada. O Comitê aprovou uma verba de aproximadamente R$ 70 mil para empresa especializada fazer o trabalho.

Além dos membros do CLIP, o prefeito Axel Grael, os secretários de Meio Ambiente e Urbanismo, a Comissão de Meio Ambiente da Alerj, a OAB/Niterói, o INEA e demais vereadores irão participar da audiência, que será realizada de forma híbrida a partir das 19h. A população pode acompanhar pela internet, através das redes sociais da Câmara, como pelo facebook, ou no próprio plenário da Casa, respeitando o distanciamento e as orientações de saúde.

Para o Vereador Daniel Marques (DEM), idealizador da audiência, o encontro será uma ótima oportunidade para debater com a população e membros do CLIP essa aguardada demarcação.

– A proteção do entorno do nosso sistema lagunar é muito importante. Essa demarcação vai nos mostrar até onde será permitido edificar. Ainda existe muita vida por ali, e, preservando o habitat existirá muito mais – ressaltou.

Lagoa de Itaipu pede socorro

Em agosto, o A Seguir: Niterói mostrou que moradores e membros do Conselho Comunitário da Região Oceânica fizeram uma mobilização em redes sociais para chamar a atenção da Prefeitura sobre a urgência do desassoreamento do canal. Eles estavam preocupados com qualidade da água para preservação do ecossistema local, já ameaçado pelo despejo de esgoto e pela dragagem. No dia 22 de agosto, um grupo se reuniu na beira da lagoa, carregando pás e enxadas para limpar o local, num ato simbólico, uma vez que o trabalho exige maquinário pesado. Eles também portavam faixas e cartazes com mensagens como “Lagoa sem Esgoto” e “Os pescadores pedem socorro”.

O grupo presente no local também pedia pela manutenção dos enrocamentos de pedras que estão na praia, para não acumular areia no local, proveniente de Itaipu e Camboinhas. Segundo os manifestantes, o mau uso desses mecanismos seria o responsável pelo assoreamento do canal. Outro pedido era pela dragagem para retirada da areia. Ainda de acordo com os manifestantes, a Prefeitura de Niterói já realizou estudos para a manutenção dos enrocamentos, ou seja, o revestimento de pedras e a construção de barragens, mas não deu sequência ao processo.

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