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O Brasil ultrapassou a marca de 100 milhões de trabalhadores ocupados desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento, divulgado na quinta-feira (30), mostra o número recorde de 100,2 milhões de pessoas, um acréscimo de 862 mil nos últimos três meses.
A taxa de desocupação no trimestre de agosto a outubro ficou em 7,6%, a menor desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando era 7,5%. O índice representa recuo de 0,3 ponto percentual em relação à média de maio a julho de 2023. No mesmo período do ano passado, a taxa era 8,3%.
O número de desocupados caiu 261 mil, atingindo 8,3 milhões de pessoas, com recuo de 3,6% ante o trimestre anterior.
Em outubro, Niterói registrou 160.449 pessoas com carteiras assinadas, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o novo Caged. Em maio, a cidade tinha 157.746 pessoas empregadas com carteira assinada.
Entre contratações (5.321) e demissões (4.996), o saldo foi positivo em 0,20%.
O comércio foi o setor que mais contratou, mas também o que mais demitiu. No saldo, porém, foi o que criou mais vagas formais: 136, um aumento de 0,42% em relação ao mês passado. A indústria ficou em segundo lugar com 114 novos postos de trabalho (+0,62%).
O saldo negativo ficou no segmento de serviços que cortou dez vagas (-0,01%), mas é quem mais emprega com carteira assinada, no total: 100.760 pessoas.
Do total de novas vagas de trabalho em Niterói, 199 foram ocupadas por homens e 126 por mulheres. Foram recrutados, principalmente, pessoas entre 18 e 24 anos, com ensino médio completo.
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (excluindo trabalhadores domésticos) chegou a 37,4 milhões, o maior desde janeiro de 2015. Esse dado representa saldo positivo de 587 mil pessoas (+1,6%) com carteira assinada nos últimos três meses.
O número de trabalhadores por conta própria alcançou 25,6 milhões de pessoas, um aumento de 317 mil (+1,3%) na mesma comparação.
– Isso mostra que tanto empregados quanto trabalhadores por conta própria contribuíram para a expansão da ocupação no trimestre – afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.
A taxa de informalidade foi de 39,1% da população ocupada (ou 39,2 milhões de trabalhadores informais), estável em relação ao ano passado.
O rendimento médio real do trabalhador foi estimado em R$ 2.999, com alta de 1,7% em relação ao trimestre encerrado em junho e de 3,9% ante o mesmo período do ano passado. É a maior cifra desde o trimestre encerrado em julho de 2020 (R$ 3.152).
O IBGE atribui essa evolução à expansão continuada entre ocupados com carteira assinada, ocupação normalmente com rendimentos maiores.
– A leitura que podemos fazer é que há um ganho quantitativo, com aumento da população ocupada, e qualitativo, com o aumento do rendimento médio – diz Beringuy.
Fonte: Agência Brasil
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