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A Praia de Icaraí foi o palco escolhido em Niterói para a manifestação de apoio ao Presidente Jair Bolsonaro, no Dia do Trabalho, com milhares de pessoas passeando pela orla com camisas da seleção e entoando protestos contra o Supremo Tribunal Federal, muitos pedindo a volta do Regime Militar. A estrela do evento foi o Deputado Federal Daniel Silveira, condenado a oito anos de prisão pelo STF, por atentado contra a democracia, e anistiado pelo Presidente. Daniel é lembrado também por ter quebrado a placa em homenagem à vereadora Marielle Franco, do PSOL-RJ, assassinada em 2018.
Na manifestação, havia empresários, comerciantes, profissionais liberais como advogados e médicos, e servidores públicos, entre outros. Alguns levavam bandeiras e faixas de protesto. Diante do carro de som, os maiores ataques eram dirigidos aos Ministros do Supremo, a Lula e ao PT. Nos discursos, os aliados do Presidente alertavam para a ameaça do comunismo. Houve manifestações contra a pauta identitária, e em alguns cantos entoados pelos manifestantes reforçavam posições da ex-Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, que defendeu que as meninos devem usar azul e as meninas vestir rosa, nas escolas. Os mais exaltados criticavam o ativismo feminino, atribuído a “mulheres que têm pelos debaixo do braço.”
O evento do Dia do Trabalho, no entanto, não tratou de questões como o desemprego e a inflação.
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