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Boletim da Fiocruz aponta interrupção no avanço da Influenza A no Brasil

Por Redação
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Segundo boletim, houve redução nos casos positivos para Sars-CoV-2 na população adulta, na maioria dos estados
Niterói vacinou menos da metade do público-alvo contra a poliomielite.  Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Nas crianças, o vírus sincicial respiratório (VSR) segue como o principal identificado. Foto: Arquivo

Queda nos casos positivos para Covid na população adulta, na maioria dos estados, e indícios de interrupção no aumento das ocorrências associadas ao vírus Influenza A. É o que aponta o boletim InfoGripe divulgado pela Fiocruz nesta quarta-feira (12). Nas crianças, o vírus sincicial respiratório (VSR) segue como o principal identificado. A análise, que tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 5 de julho, é referente à Semana Epidemiológica (SE) 26, período de 25 de junho a 1 de julho.

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Em relação ao quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no cenário nacional, o estudo sinaliza queda nos novos casos na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e de crescimento na de curto prazo (últimas três semanas). De acordo com análise, cinco estados – Acre (AC), Amapá (AP), Goiás (GO), Pará (PA) e Rio Grande do Norte (RN) – apresentam sinal de aumento de SRAG na tendência de longo prazo.

O boletim chama atenção que, no Acre, Amapá, Pará e Rio Grande do Norte, o crescimento recente está associado fundamentalmente às crianças. Em Goiás, no entanto, o indício de aumento de SRAG está presente tanto em crianças e adolescentes quanto na população a partir de 65 anos.

 

 

Entre as capitais, nove têm indícios de crescimento de casos de SRAG. São elas: Belém (PA), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ) e São Luís (MA). Na maioria delas, o sinal está presente principalmente nas crianças.

Embora a maioria dos estados tenha sinal de estabilidade ou queda no agregado populacional, o pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta que o momento ainda exige cuidados.

– Tal cenário mantém a necessidade de atenção e ações para diminuição da transmissão de vírus respiratórios. As internações no público infantil manteve crescimento semana após semana durante um longo período e, mesmo tendo interrompido em alguns estados, mantém números expressivos de novas internações. Isso faz com que os leitos pediátricos continuem com alta demanda – afirma.

No Amazonas, observa o pesquisador, verifica-se aumento recente nos casos de SRAG positivos para bocavirus entre crianças pequenas, doença que apresenta normalmente sintomas como rinorréia (secreção excessiva), tosse, febre e chiado. Em Santa Catarina, foi constatado casos positivos para rinovírus e metapneumovírus – um dos vírus mais frequente nas infecções do trato respiratório em crianças depois do VSR. Segundo o pesquisador, ainda assim, em ambos estados, o VSR mantém claro predomínio nessa faixa etária, como observado no resto do país.

Faixa etária

Os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária revelam manutenção na queda do predomínio dos casos positivos para Sars-CoV-2 (Covid-19) em todas as faixas etárias da população adulta. Na população de 15 a 49 anos e de 50 a 64, o volume de casos positivos para influenza A nas semanas recentes é similar ao reportado para Sars-CoV-2.

Segundo o estudo, a partir de 65 anos, o predomínio de Sars-CoV-2 ainda é claro, embora mantendo sinal de diminuição, enquanto o percentual associado aos casos positivos para Influenza A mantém sinal de avanço em boa parte do país. No entanto, já se observa indícios de possível interrupção no aumento de ocorrências de SRAG associados ao vírus Influenza. A

Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 12,8% para influenza A; 4,5% para influenza B; 40,7% para VSR; e 22,4% para Sars-CoV-2 (Covid -19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 18,3% para influenza A; 4,7% para influenza B; 11,5% para VSR; e 58,1% para Sars-CoV-2.

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