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Carnaval é tempo de folia e animação, o que não significa esquecer os problemas da cidade. Essa é a premissa do bloco Sambaqui. E não por acaso. Afinal, o engajamento político e social está no DNA do grupo, formado por 25 integrantes do Movimento Lagoa Para Sempre, que defende as Lagoas da Região Oceânica de Niterói e o meio ambiente da cidade, em geral.
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Este ano, o tema do bloco é “Luta, Arte e Resistência”, tendo como autores Alba Simon, André Lopes, Celso Junius, Mariza Assis e Tetel Senzala.
“Sei que a história conta/a nossa aldeia tem vigor
Itaipu com sua gente/sua pesca seu valor
enfrentou muito grileiro/e também especulador”, diz um trecho do samba de 2024.
Em 2018, quando o bloco foi criado, o enredo foi “Tira a mão da minha Tiririca!!!”, em referência ao Parque Estadual da Serra da Tiririca, o PESET. O Plano Diretor de Niterói e até os jacarés que habitam a Lagoa de Piratininga já serviram de enredo para o bloco.
A partir deste sábado (13), começam os ensaios que culminam com o desfile, em 3 de fevereiro. O local é sempre o mesmo: a praça das Amendoeiras, na praia de Itaipu.
Neste fim de semana, o ensaio será às 10h. Em seguida, haverá outra atração: Isaías e Itaipu Jazz se apresentam às 12h. Ao longo de todo o dia, acontece a Feira de Economia Solidária de Itaipu, com produtos orgânicos e artesanato. Abre às 8h e vai até às 16h.
Os sambaquis são formações constituídas, principalmente, de conchas de moluscos, formadas ao longo de milhares de anos pelas populações que habitavam regiões litorâneas. Essas conchas eram descartadas após o consumo dos moluscos, formando imensas montanhas.
Em Niterói, um importante sítio arqueológico formado por sambaquis fica em Camboinhas.
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