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Bicicleta é “o novo celular” na mira dos assaltantes em Niterói

Por Redação
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Cidade aparece entre as que apresentam maior número de roubos de bicicletas em todo o país
Moradores de Niterói costumam usar bikes para trabalhar. Foto: Amanda Ares
Movimento de bicicletas aumentou em Niterrói, assim com os casos de furtos. Foto: arquivo
O Natal encheu a Praia de Icaraí, o Campo de São Bento e as ciclovias da cidade de bicicletas novas.  Com a onda verde de sustentabilidade e as opções criadas na cidade, com pistas exclusivas e bicicletários e a enorme oferta de novos modelos, a bike se tornou um dos presentes mais desejados deste Natal, como acontecia com o celular, nos últimos anos. A popularização e o aumento do valor das bicicletas, no entanto, tiveram um efeito colateral indesejado: como aconteceu com o celular, as bicicletas entraram na mira dos ladrões.
Este ano, a Secretaria de Segurança do estado registrou sensível aumento no número de roubos de bicicletas, e Niterói aparece no topo da lista das ocorrências. A delegacia do Centro, a 78 DP, foi, entre todas as 168 delegacias do estado, a que teve o maior número de registros: 121 casos. A delegacia de Icaraí também apareceu no entre as primeiras, com 65 registros, em quinto lugar. Nem todo o policiamento nestas áreas mais vigiadas da cidade,  correntes e trancas têm conseguido conter a onda de furtos. Muitas vezes, os roubos acontecem dentro de prédios.
Às vésperas do Natal, a Polícia Civil prendeu uma quadrilha que furtava bicicletas em Niterói. Os bandidos agiam de madrugada, arrombando os portões da garagem para entrar no condomínio na rua Francisco Pimentel, no Ingá, conforme flagraram as câmeras de segurança. Cristiano Fernandes, Tainara Batista Siqueira e Alexandre Bahiense foram presos em flagrante e, segundo a Polícia, assumiram o crime.  Neste caso, todas as bicicletas roubadas foram recuperadas. Mas outros moradores não tiveram a mesma sorte: o prédio já havia sido assaltado duas vezes antes.
Um quarto integrante do grupo, João Davi De Oliveira, também foi preso, acusado de receptação. Segundo a Polícia, isso mostra que o crime hoje conta com um “mercado para bicicletas roubadas”. Da mesma forma que aconteceu com os celulares, as bicicletas podem custar mais de R$ 10 mil. Uma das bikes roubadas  em Icaraí foi avaliada em R$ 40 mil.
Outra semelhança com o caso dos celulares é a subnotificação. Muita gente roubada não faz o registro, embora as delegacias muitas vezes consigam recuperar as bicicletas roubadas, como aconteceu na ação da última sexta-feira.
Niterói aparece no ranking das dez cidades com mais furtos e roubos de bicicletas, no país. A maior parte das cidades são capitais estaduais, com população muito maior do que Niterói. Apenas Campinas aparece na lista fora desta condição. Mas tem uma população que é cerca do dobro da população de Niterói.

De acordo com a Prefeitura de Niterói, a cidade conta com 36 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas e o uso da biclicleta tem aumentados nos últimos anos na cidade. Na Avenida Amaral Peixoto, a principal via de acesso ao Centro, que termina no bicicletário das barcas, na Praça Arariboia, a contagem de trânsito registrou a média de 160 ciclistas por hora, em dezembro, contra 81 em março do ano passado.

Na última semana, a Prefeitura reforçou o o ciclopatrulhamento da Guarda Municipal  em Icaraí, Jardim Icaraí, Ingá, Horto do Fonseca e em São Francisco. O Prefeito Axel Grael anunciou, em evento da Guarda Municipal, a compra de  bicicletas elétricas que foram adquiridas para o patrulhamento de ciclovias.

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