Alunos da Orquestra da Grota de Niterói fazem ‘vaquinha’ para participar de festival nos EUA

O sonho de tocar em um dos maiores festivais de música do mundo, pela primeira vez, pode está próximo de ser realizado. Os alunos de flauta doce da Orquestra da Grota, projeto de Niterói que tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento pessoal de quem se encontra em situação de vulnerabilidade, criaram uma campanha de financiamento coletivo para viabilizar uma viagem aos Estados Unidos. É lá que acontece o Festival Boston Early Music, em junho, para o qual foram convidados.

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– A expectativa é grande. Estamos marcando mais ensaios e preparando o repertório. Temos também que levantar o dinheiro portanto estamos marcando concertos – informa a co-fundadora da Orquestra da Grota, Lenora Mendes.

Iniciada há uma semana, até o momento a campanha conseguiu arrecadar dinheiro para o passaporte dos alunos. A quantia necessária para os vistos ainda não foi alcançada. Outra meta da campanha é arrecadar dinheiro para as passagens aéreas, que aumentam a cada semana, além das despesas com a alimentação durante o período de estadia. Para participar do financiamento, basta comprar uma rifa no valor de R$ 20. A pessoa que adquirir a rifa participará automaticamente do sorteio de uma air fryer. Também são aceitas doações por pix.

– Se os músicos chegarem lá já é uma vitória. Dorme-se em qualquer lugar, come-se em qualquer lugar. A música tem que estar à frente disso. Estamos falando de um dos maiores festivais do mundo. Temos que focar nisso. Não é sempre que vamos ter um convite desse – completa Paulo Tarso, presidente da Orquestra da Grota.

A flauta doce é o primeiro instrumento que é ensinado para os alunos, portanto todo mundo aprende a tocar flauta. Porém, Leonora explica que o aperfeiçoamento fica a critério de cada um. Caso o desejo seja de se aprofundar no instrumento, é formado um conjunto de flautas: o grupo Som Doce da Grota. Os integrantes do grupo estão na Grota desde muito pequenos, um pouco depois de aprenderem a ler e escrever. Isso porque eles começam a ter contato com o instrumento com apenas 7 anos.

No ano passado, a Orquestra participou de uma versão online do festival de Boston. Foi quando surgiu o convite, a partir de uma flautista brasileira que mora há muitos anos nos Estados Unidos. Ela conheceu o projeto através de um curso oferecido pela professora Patrícia Michelini durante a pandemia em 2020.