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O emaranhado de fios nos postes em Niterói tem chamado a atenção pelo risco que apresenta à população. Em alguns pontos da cidade, os postes parecem vergar com a quantidade de fios de energia e telecomunicações que trafega sobre a cabeça dos moradores – e as vezes tombam pelas calçadas.
Não importa o bairro: o aglomerado de fios, muitas vezes já sem função alguma, incorporou à paisagem da cidade.
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O problema atravessa o país. De 2009 a 2024 foram registradas cerca de 36 mil ocorrências envolvendo fiações da rede elétrica e telecomunicações. Mais de 4 mil pessoas morreram. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O A Seguir percorreu algumas ruas do Centro da cidade, Icaraí e Charitas e identificou em diversos pontos erros de instalação e riscos à população. Os postes são da empresa de energia, hoje a concessionária Enel, que cobra de outros permissionários de serviços pelo uso dos postes, como é o caso das redes de telefonia.
A tarefa de fiscalizar cabe ao Poder Público. No caso, à Prefeitura de Niterói – ainda que existam, em algumas situações, competências do Estado e até do Governo Federal.
O Instituto de Defesa dos Consumidores (Idec) recomenda notificar a prefeitura sobre os cabos soltos. Em caso de acidente, a pessoa afetada pode pedir indenização.
Em 2022, a Aneel determinou que a contabilização das ocorrências deve ser classificada em doze diferentes tipos de causas, como batida em poste, cabos energizado, choque, poda de árvore e linhas de pipas em contato com os fios. Desde então, o número de acidentes cresceu 16 vezes em relação ao ano anterior.
De 2022 a agosto de 2024 foram 25.127 pessoas acidentadas e 660 mortas em todo o Brasil.
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