Niterói por niterói

Pesquisar
Close this search box.
Publicado

Adolescentes relatam alívio com vacina: ‘Sensação muito boa, mas cuidados devem continuar’

COMPARTILHE

Jovens falam da expectativa da volta à normalidade possível após a primeira dose, nessa fase tão marcante da vida
Enzo Sanches, 15 anos, no dia da vacinação contra Covid : Foto- Arquivo Pessoal
Enzo Sanches, 15 anos, no dia da vacinação contra Covid / Foto: Arquivo Pessoal

O anúncio da antecipação do calendário da primeira dose da vacinação de adolescentes, cuja conclusão está prevista para esta quinta-feira (2) em Niterói, foi uma grata surpresa na vida de milhares de jovens da cidade. Em uma fase marcante e delicada da vida, eles encaram com alívio a possibilidade de retomar, mesmo que de forma ainda cautelosa, ao menos uma parte da “vida presencial” que ficou suspensa desde março do ano passado. Ao A Seguir: Niterói adolescentes relatam o alívio de receber a primeira dose do imunizante.

– Eu fiquei muito feliz após a vacinação. Foi difícil essa pandemia e continua sendo, então foi um alívio tomar essa vacina. Eu moro com minha avó, que é idosa, e com minha mãe, que tem problema de coração, por isso, a gente sempre se cuidou muito e teve muito medo e respeito com o vírus. Ter a primeira proteção e saber que você conseguiu tomar a vacina depois de um ano e meio sem ter se contaminado é uma sensação muito boa, mas eu acho que o cuidados devem continuar – pontuou o estudante Enzo Sanches, de 15 anos, mostrando mais clareza sobre a importância da vacina do que muito adulto por aí.

Sobre as expectativas para a volta à normalidade de forma mais tranquila, mesmo que em passos lentos, Enzo conta que é preciso antes ter consciência de que cada um precisa fazer sua parte, ainda mantendo distanciamento, não provocando aglomeração e cuidando da higiene das mãos. Mas, para isso, é preciso ter consciência coletiva e abrir mão de certas atitudes, rever comportamentos.

– Se todos respeitarem e pensarem mais uns nos outros, a gente consegue vencer esse vírus e aos poucos as coisas vão voltando ao normal. Eu tenho muito esperança e sempre tento fazer minha parte me protegendo e também aqueles que estão ao meu redor.

Um adolescente que preferiu não se identificar também tomou a vacina contra a Covid recentemente. Para ele, o maior impacto da pandemia foi em relação ao ensino, que ficou comprometido por um ano. Em 2020, ele ficou sem aula presencial ou remota. Mas nesse ano, ele diz que tudo está voltando aos trilhos.

– A questão do ensino remoto foi um pouco tensa. Em 2020 eu não tive aula. Agora, nesse ano, as coisas estão voltando ao normal. Tomei a vacina e não senti nada além de dor no braço. Eu queria muito tomar, mas não fiquei ansioso. Tratei como qualquer outra vacina. Eu me adaptei bem ao ensino remoto nesse ano, estou levando na boa… Acho que as atividades de maior aglomeração só serão permitidas com mais tranquilidade no ano que vem – ressaltou.

Com ou sem pandemia, ele diz que é do tipo que curte ficar mais em casa. As festas e eventos com muita gente, para ele, fizeram pouca falta, e conversar com seus amigos pelo computador não foi novidade nenhuma.

– Eu saí pouco para encontrar meus amigos durante a pandemia e não sofri nenhum impacto psicólogico durante o isolamento. Agora, com a maioria dos meus amigos já vacinados com a primeira dose e, principalmente com os adultos e idosos por perto já imunizados, eu tenho encontrado grupos de três ou quatro pessoas, principalmente do condomínio, para jogar jogos de tabuleiro. Ainda assim, de janelas abertas, sem comer e apenas com quem não teve sintomas ou contato recente com pessoas que pegaram Covid – explicou.

João Gabriel, 14 anos, diz que acha essencial a vacinação não só pela proteção e tranquilidade que confere às pessoas, mas pela contribuição a algo maior, que afeta o mundo há quase dois anos.

– Eu me senti bem, com a sensação de dever cumprido. É como todas as vacinas que tomamos ao longo de nossas vidas, mas essa representa a luta de algo ainda maior. Devemos, sim, nos vacinar contra a Covid.

João Gabriel, 14 anos / Foto: Arquivo Pessoal

O grupo de adolescentes foi o mais recente contemplado pela vacinação, que ocorre por idade e prioridades. O grupo também dependeu de estudos sobre segurança da vacinação nesta faixa-etária. Até o momento, a Pfizer é a única vacina contra a Covid-19 autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação em crianças e adolescentes acima de 12 anos no Brasil.

Calendário continua

Murilo tomou a vacina e agora espera poder voltar a jogar futebol. Foto: leitor

Nesta terça (31), os adolescentes a partir de 14 anos já podem receber o imunizante, sempre acompanhados por um responsável. Na quarta-feira (1) será a vez de quem tem a partir de 13 anos. Na quinta-feira (2), a cidade chega aos 12 anos. Sexta (3) e sábado (4) serão os dias de repescagem.

Com a conclusão do calendário de vacinação para pessoas acima de 18 anos no último dia 19, o município segue em repescagem contínua. Todos os adultos da cidade que ainda não se imunizaram podem procurar uma unidade de saúde para tomar a primeira dose da vacina contra a Covid-19.

Locais de vacinação dos jovens de 12 a 17 anos:

– Policlínica Sérgio Arouca – Rua Vital Brazil Filho, s/nº – Vital Brazil.

– Policlínica Dr. João da Silva Vizella – Rua Luiz Palmier, 726 – Barreto.

– Policlínica Regional de Itaipu – Avenida Irene Lopes Sodré – Itaipu.

– Policlínica Regional Carlos Antônio da Silva – Avenida Jansen de Melo, s/nº – São Lourenço.

– Policlínica Regional Doutor Guilherme Taylor March – R. Desembargador Lima Castro, 238 – Fonseca.

– Policlínica Regional de Piratininga Dom Luís Orione – Rua Dr. Marcolino Gomes Candau, 111– Piratininga.

– Policlínica Regional Dr. Renato Silva – Avenida João Brasil, s/nº – Engenhoca

– Drive thru na Universidade Federal Fluminense – Campus Gragoatá – Rua Alexandre Moura, 8 – São Domingos.

COMPARTILHE