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A Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj) adiou para o próximo dia 16 a reinauguração do Museu Antonio Parreiras, no Ingá, que estava marcada para esta quinta-feira (9).
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Em nota, a Funarj informou que adiamento acontece “para cuidar dos detalhes finais do evento e oferecer uma reabertura marcante para o local, que ficou 10 anos longe do olhar do público”.
Dessa forma, a abertura da exposição “Antônio Parreiras Memórias & Histórias” também ficou adiada para o dia 16 de janeiro. A mostra exibe uma seleção de desenhos e pinturas do acervo, de forma a revelar a trajetória de Antonio Parreiras. A montagem foi baseada na autobiografia do artista “História de um pintor contada por ele mesmo”, publicada originalmente em 1926, com edições posteriores em 1936 e 1987.
Primeiro museu de arte do estado do Rio de Janeiro e primeiro, no Brasil, dedicado à memória de um artista, o Museu Antonio Parreiras, ficou fechado durante dez anos para obras. Inaugurado em 1942, é sediado na antiga residência da família do pintor niteroiense (1860-1937), que costumava realizar, no local, exposições. Uma delas foi visitada por ninguém menos do que Pedro II, último monarca do Império do Brasil.
De acordo com a Fundação de Artes do Estado do Rio de Janeiro, a casa passou por revitalização com investimento de R$ 2,4 milhões. As intervenções contaram com uma obra de restauro completa no edifício principal que, agora, está pronto para voltar a receber exposições abertas ao público.
Durante as obras, as telhas foram retiradas e lavadas uma a uma e o piso foi recuperado e recolocado na mesma disposição. Além disso, comprovando o trabalho minucioso, houve a necessidade da utilização de uma tinta mineral específica para o tipo de argamassa utilizada e de uma especialista em prospecção para manter o museu na sua cor original.
A reinauguração será feita apesar de ter sido concluída apenas uma parte da restauração do local. A primeira fase das obras teve foco no edifício principal do museu. Porém, o equipamento cultural também é composto por outros dois prédios, incluindo o ateliê e a Vila Olga, onde se encontra o acervo técnico, que também serão reformados, em uma segunda etapa, cuja data ainda não foi informada.
A reforma foi supervisionada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e também abrangeu os jardins no estilo romântico do local.
O MAP tem um dos mais importantes acervos da pintura brasileira, com 3.842 itens catalogados, de grandes artistas brasileiros e estrangeiros, do século XVI até os dias de hoje, além das obras do próprio Antonio Parreiras. Entre eles, Anton Van Dick, François Clouet, Pieter Brueghel, Vitor Meireles, Eliseu Visconti, Georg Grimm. O acervo também abriga obras de artistas contemporâneos como Pietrina Cecacci e Burle Marx, entre outros.
O Museu Antonio Parreiras fica na Rua Tiradentes, 47, no Ingá.
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